O mundo azul de Eduardo Iglesias: imagem primaveril de tranqüilidade e paz

Acervo Artístico
09/05/2005 15:27

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Fragmento de Paisagem<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eduardo Iglesias Fragmentos de Paisagem.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eduardo Iglesias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/eduardo iglesias.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paisagem de Primavera<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/explosaodaprimavera.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Superar todos os obstáculos, abrir todas as portas e colher todas as cores possíveis, foram proposições que Eduardo Iglesias se impôs como pintor, como ser humano, a fim de criar uma nova realidade e uma nova paisagem, menos agressiva e mais justa, proporcionando mais igualdade entre os homens.

Sua pintura nasce de uma vontade de se empenhar de forma viva com o mundo presente, de dar forma a um mundo com o passado, enfim, um mundo imaginário de tranqüilidade e de paz. E acrescentaríamos um mundo "azul", como são a maioria de seus quadros, que refletem um estado de espírito bem pessoal: viver na estação perene da primavera.

Determinar o momento em que Eduardo Iglesias dá início à composição de uma sua tela não é fácil. Inúmeros são os fatores, a começar pela estruturação técnica e, sobretudo, pela intensidade psicológica do pensamento, do qual suas obras trazem o conteúdo. Eles originam um conluio entre fé e realidade, um elo sólido que atesta como a inspiração do artista se submete aos influxos de um "credo" que é sublimação, mesmo se no caso específico, sublimação guarda em si mesma o significado de um contato entre o humano " entendido no sentido mais amplo " e o divino.

Embora tenha acrescentado e eliminado muita coisa, pesquisado e utilizado outras técnicas, outras cores e até mesmo alguns trabalhos com total ausência de cor, o azul ainda é a cor predominante nas obras desse artista cuja trajetória tenho o privilégio de acompanhar desde seu inicio em 1959. Com efeito, desde 1968 existe essa constante na obra de Eduardo Iglesias um certo azul intenso começou a dominar os seus antigos ocres, amarelos, verdes e brancos.

Atualmente, essa onda de azul, está impregnada de uma nova atmosfera, como em sua pintura "Paisagem de Primavera" e em sua litogravura "Fragmento de Paisagem", doadas ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, respectivamente pelo autor e por este crítico. Do conjunto de suas criações, sobressai um artista que do sacro ao profano consegue obter conteúdo e emoção, por tudo o que nele, e dele nasce e se origina.

O Artista

Eduardo Iglesias nasceu em ano de 1950, na cidade de Marília (SP), onde iniciou seus estudos primários e colegial.

Participou de diversas exposições individuais, entre as quais destacam-se: Galeria Convívio, São Paulo (1965); Instituto Ítalo-Brasileiro, Milão, Itália (1969); Galeria Alla Porta Romana, Milão, Itália (1971); Galeria II Fauno, Verona, Itália (1972); Galeria Chelsea, São Paulo (1973 e 1975); Faculdade de Filosofia, Marília (1973); Galeria Guignard, Porto Alegre (1975); Galeria Paulo Prado, São Paulo (1976); Galeria André, São Paulo (1978 e 1980); Neville-Sargent Gallery, Chicago, Estado Unidos (1979, 1983 e 1988); Realidade Galeria de Arte, Rio de Janeiro (1981 e 1986); Expo de Litos " Embaixada do Brasil em Haia, Holanda (1984); Galeria Itaú, São Carlos (1985); Galeria Paulo Figueiredo, Brasília (1987); e Espace Latino Americain, Paris, França (1990).

Esteve também presente em inúmeras exposições coletivas, entre as quais pode-se salientar: Galeria Cromoi, São Paulo (1962); I Sac, Campinas (1965); Grupo Tendências no Masp, São Paulo (1966); Gallerie Cinq, Genéve, Suiça (1969); I e II Sac, São Paulo (1967 e 1968); I Bienal de Santos (1971); Galeria André, São Paulo (1973); Gallerie Crearco, Lausanne, Suiça (1977); 24 Brazilian Contemporany Engraves Exibition, Tóquio, Japão (1979); IV Bienal de Grabado Latino Americano, Porto Rico (1979); Boca Raton Center for the Arts, Miami, Estados Unidos (1980); Art 81, Armory Washington, Estados Unidos (1981); Arco 82, Madri, Espanha (1982); Ibiza-Grafic, Ibiza, Espanha (1982); Arco 83, Madri, Espanha (1983); The Gallery " University Club " Chicago, Estados Unidos (1983); Casa da Cultura do Equador, Quito, Equador (1985); Embaixada do Brasil, Belgrado, Iugoslavia (1986); Projeto Artes Plásticas 86 Petrobrás, Rio de Janeiro (1986); Curso e Conferência na Wake-Forest University, Winston-Salem, Estados Unidos (1987); Saga, Edições de Arte, Paris, França (1988); "Mostra de papel artesanal" Pinacoteca do Estado, São Paulo (1988); Arte Brasileira, Artistas do Papel-University of Ottawa, Canadá (1988); Galeria Exedra, Quito, Equador (1988); National Library of Canada, Ottawa, Canadá (1989); Saga, Edições de Arte, Paris, França (1989); e Galeria Clepsidra, Bogotá, Colômbia (1989).

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