Da RedaçãoO jornalista Percival de Souza esteve nesta quarta-feira, 26/2, na Assembléia Legislativa, para participar de gravação de programa na TV Assembléia.Em entrevista para este jornal, Percival falou sobre a criminalidade no Rio de Janeiro. Segundo o jornalista, incidentes como os que aconteceram na última segunda-feira, 24/2, têm sido uma constante no cotidiano da cidade do Rio de Janeiro. "Exemplo disso foram os ataques aos prédios da Prefeitura e da Defesa dos Direitos Humanos no ano passado."Percival afirmou que a cidade vive sob a narcoditadura, em que a estrutura do narcotráfico marca e determina ação e espaço. "A única novidade quanto à 'segunda sem lei' é que foi a primeira ocorrência no governo de Rosinha Garotinho.""Para se buscar soluções que acabem com a violência é necessário um mínimo de planejamento que englobe ações contra o narcotráfico", disse Percival, informando que a polícia admitiu que, apesar de comunicada com antecedência sobre a possibilidade dos incidentes, não contava com efetivo suficiente para combater a onda de crimes. "Esse comunicado foi feito pelo próprio secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Josias Quintal".O jornalista afirmou que é inadmissível uma cidade que conta com todas instituições de aparato de repressão, polícias civil, militar e federal, guarda municipal e forças armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha), não tenha condições de combater o crime organizado."É preciso serviço de inteligência para identificar as lideranças do narcotráfico e elaborar estratégias de localização e captura", declarou Percival, apontando que uma ação do Exército caberia especificamente em caso de ocupação ou invasão de localidades reconhecidas como inacessíveis ao poder de polícia do Estado. Para o jornalista, a população não discute qual instituição efetivamente fará a ação, "o importante é que haja uma iniciativa contra o crime".A conclusão do jornalista é que além de ser sinônimo de degradação, o narcotráfico abala a economia do Estado. "O carnaval se aproxima e as pessoas repensam a idéia de passar esse feriado no Rio de Janeiro. Enquanto isso, o poder público se preocupa em montar forte aparato policial nos pontos turísticos como o Corcovado e o Cristo Redentor, se esquecendo que a cidade não se resume a esses dois locais."