As esculturas de José Américo: arte cinética ou "jóias psicológicas"?

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
27/10/2005 15:48

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Flô I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/joseamerico obra2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Américo, pseudônimo artístico de José Américo Pedroso Marques de Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/joseamerico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Flô II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/joseamerico obra1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O jogo da luz, diversificado quase ao infinito, nas sinuosidades das superfícies e na mobilidade de alguns elementos transforma a escultura de José Américo num complexo de dinâmica espacial. O fato confirma o fundamental da natureza do escultor cujas obras poderiam ser incluídas tanto na classificação de arte cinética quanto de verdadeiras "jóias psicológicas".

Naturalmente a fria leitura formal não exclui a outra somente o pensamento dogmático pode pretender de fixar o artista aos esquemas da absoluta objetividade ou àqueles, contrários somente na aparência, da absoluta subjetividade.

O fato de arte é sempre um complexo de momentos diversos, uma aberta dialética em ação entre impulsos, intenções e condicionamentos desvairados e interativos, assim que, tanto os discursos da razão quanto aqueles da fantasia não podem que se cruzar, dando vida a uma síntese móvel que enriquece o ambiente onde a obra é colocada.

Jose Américo está mais do que empenhado em prosseguir nesse caminho, buscando através de uma pesquisa espacial na qual agrega elementos em aço carbono e madeira de aroeira que dão vida ás nossas "astrais" inquietações de seres envolvidos pela modernidade.

Quem sabe o seu discurso seja um dia direcionado a outras soluções e outras formas da imagem plástica? Tanto na obra "Flô II", doada ao Acervo do Museu do Parlamento de São Paulo, quanto na obra "", doada ao Museu da Escultura ao Ar Livre, o artista demonstra ter grande habilidade na disposição das formas, manipula os elementos dentro da mais avançada tecnologia criando um perfeito equilíbrio estético.

O Artista

José Américo, pseudônimo artístico de José Américo Pedroso Marques de Oliveira, é artista plástico e designer. Nasceu em São Paulo em 1953. Formou-se em zootecnia pela Unesp de Jaboticabal.

Em 1994 mudou-se para Ilha Solteira, no interior do Estado de São Paulo, onde começa a trabalhar com design no Atelier ¨Arte a dois¨ onde realiza peças especiais e trabalha com esculturas, usando aço carbono, aço inox e madeira em forma orgânica. Em agosto de 2002 idealizou e fundou com a escultora Darcy Andriolli a Associação Ilhense de Belas Artes.

Participou das seguintes exposições individuais: Espaço Cultural ¨Poder da criação¨, São Paulo (1998 e 2001); Casa da Cultura de Sertãozinho (1999); Câmara Municipal de Ilha Solteira e Colégio Anglo, Ilha Solteira (2002); e das seguintes mostras coletivas: 1º Exposição de Belas Artes, Espaço Criativo, Ilha Solteira; 1º Circuito das Artes (2002); ¨Mostra Mulher¨, Mini Shopping Norte e ¨Mostra Brasil¨, Espaço Terrasse, Ilha Solteira (2003); Centro Cultural de Santos; Espaço Cultural V Centenário, Assembléia Legislativa de São Paulo (2004); Engenho D"Arte Espaço Cultural (2005).

Possui obras em diversas coleções particulares de Ilha Solteira, São Paulo, Santos e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp