Presidida pelo deputado Alex Manente (PPS), a Comissão de Relações do Trabalho recebeu nesta quarta-feira, 26/5, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), René Vicente dos Santos, para esclarecer os motivos da paralisação da categoria e sua relação com o governo estadual. René dos Santos, presidente do sindicato, afirma que o presidente da Sabesp não respeita o direito dos trabalhadores e a greve é decorrente da falta de diálogo. Santos criticou a política de privatização e terceirização do governo estadual e defendeu a criação de um plano de cargos e carreiras. Ao final da reunião, foi aprovado o encaminhamento de um ofício em nome da Comissão solicitando uma reunião entre os trabalhadores, a Casa Civil, e as empresas Sabesp e Cetesb para que sejam feitas as devidas negociações. Sindicato dos trabalhadores da Sabesp e metroviários criticam terceirizações De acordo com René dos Santos, presidente do Sintaema, o presidente da Sabesp não respeita o direito dos trabalhadores e a greve se faz necessária por falta de diálogo. "Seu maior patrimônio (da Sabesp) não são suas ações na bolsa, e sim os seus 15 mil trabalhadores", declarou. O presidente criticou a política de privatização e terceirização do governo estadual e defendeu a criação de um plano de cargos e carreiras "decente". Flávio Godoi, do Sindicato dos Metroviários, também expôs a situação da categoria que, segundo ele, é muito semelhante à vivida pelos sabespianos e cetesbianos. Segundo ele, os trabalhadores do metrô estão na busca por negociações, com o objetivo de evitar uma paralisação, tendo em vista a responsabilidade dos metroviários com a sociedade. Godoi também destacou a luta contra o processo de privatização e criticou a falta de operadores na recém inaugurada linha 4 do metrô que, segundo ele, implica falta de segurança. A política de privatizações e terceirizações adotada pelo governo estadual foi um ponto comum debatido e criticado pelos deputados presentes. Enio Tatto afirmou ainda que a valorização salarial dos trabalhadores ocorre por falta de vontade política, e não por falta de receita. O aumento no orçamento publicitário do governo estadual também foi outro assunto amplamente debatido pelos parlamentares. A bancada do PT manifestou seu apoio incondicional e sua solidariedade à greve dos trabalhadores presentes.