Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Gisela Schrader


30/11/2011 09:29

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Gisela Schrader<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/GISELASCHRADERx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Embuaca<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/EMBUACAx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Praia do Rio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/PRAIADORIOx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Quanto mais despojada e mais abstrata, sem nenhuma figuração, a paisagem de Gisela Schrader alcança uma capacidade evocadora e convincente. O ritmo das formas, a expressividade de suas cores terrestres, obtidas através dos diversos tipos de areia e de terra com pedras, conchas, madeiras, sementes e folhas, consegue que todos esses elementos de potencial vitalidade se transformem em perfeita expressão plástica.

A estrutura das linhas, o volume das formas, a disposição dos planos nos dão a sensação tanto da profundidade atmosférica terrestre quanto da estratosférica lunar. A vibração dessas linhas e dessas formas em valores cromáticos nos transporta sobre o ritmo de um poema lírico em direção desse espaço ambivalente, onde nossos sonhos se agigantam até a obsessão.

A obra de Gisela Schrader tem o poder de transportar o observador para mundos opostos. Primeiramente o terrestre, onde todos os elementos da natureza são explorados com equilíbrio, mas também com emoção e realismo. Do outro lado, o espaço cósmico, quase a lembrar a chegada do homem à Lua.

A intuição da artista torna-se sentimento e certeza e amplia em dinamismo essa certeza: sua pintura é elaborada com ritmo e tensão. Às vezes, esse ritmo e essa tensão são interiores, fixados ao máximo no quadro de uma calma aparente, cujos efeitos agem sobre nós como um grandioso espetáculo. Ela apresenta o espaço como ele é, nele dispõe sua arquitetura abstrata, sua cenografia de linhas, além da forma e da cor. São trechos amplos, rítmicos e carregados de energia.

No díptico Embuaca e na obra Praia de Rio, doados ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Gisela Schrader confirma sua paixão pela natureza e, inspirada pela preservação do meio ambiente, deseja dar ao seu trabalho o retrato de uma vivência subjetiva dessa realidade uma dimensão universal.



A artista



Gisela Schrader nasceu em Colônia, na Alemanha. Conheceu as praias brasileiras ainda criança. Foi amor à primeira vista, que fez surgir o desejo de colocá-las em telas.

Estudou arte na Suíça francesa e na Alemanha, além sofrer a influência de uma passagem pelos Estados Unidos. De volta ao Brasil, Gisela naturalizou-se em 1983, e desenvolveu uma técnica própria para realizar seu sonho.

Há mais de 20 anos, visitou regularmente a Amazônia, de onde trouxe a finíssima areia branca e cintilante das margens e ilhas do rio Negro. Praias solitárias do litoral norte de São Paulo e do Paraná também são fonte de inspiração e pesquisa pelas peculiaridades das areais encontradas nessa região e grande variedade de conchas e outros materiais utilizados no trabalho da artista.

Batizou o seu trabalho de EcoArte, instalando o Projeto EcoArte em um estúdio-galeria em São Paulo, onde apresentou os quadros criados em seu ateliê em Boituva, no interior do Estado. Dividiu seu tempo em pesquisas para o desenvolvimento de suas obras no Brasil, Alemanha e Portugal.

Participou de várias coletivas e individuais, entre as quais se destacam: 12º Aniversário do Hotel Le Bougainville, São Paulo (2001); Arte e Cultura em Alto Mar - navio Costa Clássica; Lembranças de uma Impressão - Polo Cultural Casa da Fazenda do Morumbi, São Paulo; Shopping Santa Úrsula, Ribeirão Preto; Pintura Mística - Centro Empresarial de São Paulo; Construindo uma Cultura Planetária - Sesc Vila Mariana (2002).

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil, na Alemanha e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp