Seminário Relações do Trabalho - Federação brasileira desconsidera assimetrias regionais, avalia palestrante


03/03/2010 20:23

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Dircêo Torrecillas Ramos, professor da Fundação Getúlio Vargas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2010/SEMINATRABALHODirceoTorrecillasRamos57ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Lamari, presidente do ILP <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2010/SEMINATRABALHORobertoLamari22ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O tema "Federalismo Assimétrico e Competências Legislativas dos Estados-Membros: Limites e Possibilidades" foi apresentado por Dircêo Torrecillas Ramos, professor da Fundação Getúlio Vargas. Ele explicou o conceito de Estado federativo assimétrico, que envolve a administração das diferenças entre os entes que o compõe, de forma a se conseguir uma unidade.

Para Ramos, essas diferenças podem ser, por exemplo, econômicas, culturais e étnicas, e sua solução passa pela distribuição de recursos federais de forma adequada. Como exemplo, o professor apontou o fato de que a população de Roraima é menor que a população que mora em favelas em São Paulo. Por isso deve haver um olhar diferenciado no repasse de recursos da União para esses Estados.

O professor explicou que, no Brasil, o federalismo de equilíbrio se iniciou após a Constituição de 1988, e ainda apresenta alguns problemas como a representatividade dos Estados e a desvinculação de 20% de recursos da União para investimentos de diversos interesses.

Segundo o professor, o que temos no Brasil no momento é um "contra-federalismo", que não considera, por exemplo, a natureza das assimetrias. "Quando se considera uma assimetria transitória como permanente, para forçar a transferência de recursos a determinado ente federado, há uma distorção dos objetivos". Como exemplo, Ramos citou o caso de recursos destinados para combater as secas no Nordeste. "Os recursos enviados são de toda a União. Deve haver um conselho que considere com equilíbrio as necessidades dos Estados", afirmou.

alesp