A fixação do movimento e a emoção do fixo na arte expressiva de Roberto Fabiani

Emanuel von Lauenstein Massarani
02/06/2004 14:00

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Clique para ver a imagem " alt="Litografia "Sem Título" Clique para ver a imagem "> Roberto Fabiani<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Antonio Fabiani.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Família <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Antonio Fabiani familia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O desejo de uma arte plástica tridimensional ao ar livre, sobre gramados, em parques, levou muitos escultores como Roberto Fabiani a intenções e resultados plenamente justificados. Esses escultores, de idéias e tendências as mais diferentes, foram levados a preconizar e utilizar muitas vezes a modelagem, em bronze, transformando-a numa prática corrente.

As obras desse escultor, também gráfico e pintor, parecem ser o resultado de algumas idéias fantásticas e até mesmo fantasmagóricas onde, em realidade, nada é deixado ao azar. Trata-se de uma escultura que não segue escola alguma, assim nos parece a obra desse artista peninsular e exímio viajante que cria uma arte expressiva, sem excessos. Refletindo uma vida interior intensa e até mesmo conturbada, o seu tema central é, na maioria das vezes, o ser humano.

Se suas primeiras esculturas estão próximas de um certo expressionismo, as formas de suas obras atuais se movimentam para alcançar uma certa linguagem barroca, graças à sinuosidade de suas linhas. O caráter musical de sua escultura reflete a paixão do artista pelos volteios e traduz a ambição de reconciliar numa síntese secreta a arte mais material e pelo ritmo escultural aprisionar o tempo no espaço.

Podemos, com efeito, efetuar uma leitura da obra de Roberto Fabiani em relação a sua obsessão pelo ritmo, onde os dois pólos seriam, de um lado, a fixação do movimento e de outro a emoção do fixo. Preocupado em não perder o equilíbrio natural da forma e da luz, as linhas de suas obras recebem da luz a parte mais suave. Ao modelar suas esculturas, o artista procura acentuar suas linhas.

Em nome do artista, a senhora Lívia Bucci doou ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, uma litografia "Sem Título" e a reprodução do original da obra "A Família" entregue a Sua Santidade o Papa João Paulo II, em 28 de janeiro de 1998, na cidade do Vaticano em Roma. Em ambas o artista acentua o movimento de seus traços.

A personalidade de Roberto Fabiani é, pois, polivalente, sua fantasia em ebulição continua com uma linguagem rica de mensagens que passa do real ao abstrato. Não há duvida que sua polivalência artística se faz presente da ambigüidade do mundo em que vivemos e como intérprete do mundo que o circunda.

O Artista

Pintor, escultor e arquiteto, Roberto Fabiani nasceu em Borgo Le Ferriere, Latina, Itália, em 1950, onde vive e trabalha. Desde muito jovem dedica-se ao desenho e às artes. Nos anos 1964 e 1965 seguiu os cursos de arte com o professor Giovanni di Lucia.

Iniciou sua atividade artística entre 1969 e 1970, ocasião em que realizou suas primeiras exposições individuais. De 1973 a 1977 freqüentou o Atelier do pintor e gravador Attilio Freschi, colaborando ainda com o Centro Italiano de Arte e Cultura em Roma. Recebeu inúmeros Prêmios Internacionais, entre eles: CIAC, Roma em (1976 e 1977); Fiuggi (FR) em 1978; Gattopardo d`Oro, Roma em 1979, Irish - Italian Business Association, Dublin.

Preparou exposições individuais em: L'Aquila, Bari, Roma, Frosinone, Latina, Viterbo, Turim, Perugia, Foggia, Grosseto, Livorno, Pádua, Milão, Pescara, Verona, Modena, Luca, Ravena, Cosenza, Crotone, Todi, Anzio, Sabaudia, Spoleto, Formia, Netuno, Marciana e Poggio (Ilha de Elba), Dublin e Cavan Irlanda; Düsseldorf, Alemanha; Melbourne, Geelong e Daylesford, Austrália; Breil sur Roya, França; São Paulo, Brasil; Londres, Inglaterra.

Entre as exposições internacionais: que participou destacam-se: Bienal Oderisi de Gubbio, Academia da România, Roma (1974); Palácio dos Congressos Roma (1982); Alpexpò, Grenoble, França (1984); Festival dos Dois Mundos, Spoleto, Perugia (1995 e 1996); Sarajevo, Iugoslávia, exposição organizada pelo Movimento para a Vida com o Patrocínio da CRI e UNICEF; Feira Internacional de Düsseldorf, Alemanha (1995); XII, XXIII e XIV Bienal Internacional do Bronzetto, Centro Dantesco, Ravena (1997, 1998, 2002 e 2003); Italian State Tourist Board, Londres, Inglaterra; Elm Tree House, Instituto Italiano de Cultura de Melbourne; Club Itália, Geelong; Convent Gallery, Daylesford (Austrália); Espaço Cultural Infraero, Guarulhos, SP, Brasil; XIV Bienal Internacional Dantesca, Claustros Franciscanos, Ravenna; Castelo Piccolomini, Celano (2003); "Além das fronteiras", Mostra Internacional Itália-Brasil, Palazzo Gaetani, Cisterna di Latina (2004).

Suas obras encontram-se em acervos da: Itália, Espanha, Suíça, Iugoslávia, Grécia, Rússia, Uruguai, Quênia, Equador, Trinidad e Tobago, Sudão, Turcomenistão, Bulgária, França, Líbia, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Senegal, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Tailândia, Cidade do Vaticano, Irlanda, Malta.

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