Caverna do diabo: a maior do Estado de São Paulo


12/01/2011 19:50

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/01-2011/PARQUE CAVERNA DO DIABO.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> No percurso é possível observar estalactites, estalagmites, cascatas de calcita e outras formações <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/01-2011/PARQUE CAVERNA DO DIABO2.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cortinas na Caverna do Diabo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/01-2011/PARQUE Cortinas na Caverna do Diabo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Caverna do Diabo é a maior caverna do Estado de São Paulo. Localizada no Parque Estadual de Jacupiranga, município de Eldorado Paulista, próximo ao Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira (Petar), em Iporanga, fica a aproximadamente 280 quilômetros da capital. Famosa pela impressionante beleza de suas formações e pela grande dimensão de seus salões internos, tem cerca de 6,5 mil metros conhecidos, dos quais 700 metros estão abertos à visitação.

A caverna é o destaque do que os guias locais chamam de "Circuito Disneylândia", uma série de atrativos familiares que pessoas de todas as idades, até sem preparo físico adequado, podem desfrutar. Saindo do centro de Iporanga, são 32 quilômetros, após atravessar a ponte sobre o Rio Ribeira, até a estrada que leva à caverna, de cerca de três quilômetros. O ingresso custa R$ 5,00 por pessoa, com direito a visita guiada. Após deixar o carro no estacionamento há um percurso feito a pé, no meio da Mata Atlântica, de 300 metros até a entrada da caverna.

No percurso é possível observar estalactites, estalagmites, cascatas de calcita e outras formações que decoram os imensos salões da caverna. Há, também, formações bastante curiosas, batizadas pela sua semelhança com seres reais ou imaginários: a figura do diabo, que dá nome à caverna, cabeças de coruja, alpinistas escalando montanhas e muitas outras.

As estalactites se formaram com a penetração da água no solo e, posteriormente, na camada de calcário, até atingir o teto da caverna. As estalagmites se elevam do solo, numa proporção estimada em três centímetros por século, o que justifica a preocupação dos guias e guardas da caverna com a degradação de seu interior. De um lado ao outro da caverna registra-se um desnível de 150 metros, o que impossibilita o acesso de pessoas inexperientes na maior parte de sua extensão. Somente espeleólogos têm permissão para ultrapassar os limites predeterminados.

As formações mais interessantes podem ser vistas no salão conhecido como Catedral. A beleza do lugar dá asas à imaginação. Talvez, por isso, algumas dessas formas ficaram eternizadas com nomes um tanto quanto estranhos: Cabeça de Ema, Guardião, Galeria dos Órgãos, Pia Batismal, Branca de Neve, Cemitério, Perfil de Buda, Reis Magos, Templo Perdido, Caldeirão do Diabo e Torre de Pisa.

Passando por esta galeria atinge-se um lago de águas represadas do ribeirão das Ostras. À direita está o setor superior, aberto aos turistas. E descendo, à esquerda, acredita-se que há um incrível e sinistro labirinto com cerca de cinco mil metros de corredores e galerias subterrâneas na mais profunda escuridão. Neste trecho, que parece conduzir ao centro da Terra, é proibida a entrada, pois o terreno é extremamente acidentado e perigoso.

Outras coisas fascinantes podem ser vistas lá em baixo, num percurso, ora dentro das águas do ribeirão, ora nas rochas. São cachoeiras, lençóis de água e o lago do Silêncio, com 200 metros de extensão. Em alguns momentos, para se ultrapassar os obstáculos, é necessário o uso de cordas até ter a certeza de estar pisando em solo seguro. Dentro da caverna, o silêncio só é quebrado pelas águas que deslizam pelas rochas. Mas, lá dentro, o som é diferente. No interior da caverna tem-se a impressão de estar no maior lugar do mundo e, ao mesmo tempo, no menor cantinho, prestes a desabar. No ar sente-se o cheiro do perigo.



Novas instalações



O Parque Estadual Caverna do Diabo inaugurou novas dependências, como um centro de visitantes, restaurantes, estacionamento e um projeto paisagístico. O valor das melhorias, segundo o governo do Estado de São Paulo, é de R$ 4 milhões. O objetivo é aprimorar o desenvolvimento turístico na região de Mata Atlântica de São Paulo, proporcionando o desenvolvimento de maneira sustentável.

A Fundação Florestal, responsável pelos parques, e o Ministério Público Federal fizeram um Termo de Ajustamento de Conduta para garantir que algumas cavernas que haviam sido fechadas à visitação, fossem reabertas, desde que os planos de manejo fossem entregues em um prazo de dois anos. As cidades do Vale do Ribeira têm no turismo a principal fonte de renda.



Fontes: www.cavernadodiabo.com.br e www.sp.gov.br.

alesp