O livro imaginário de Leila Limp retrata uma realidade como é sentida pela artista

Acervo Artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
25/02/2005 14:00

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Leila Limp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Leila Limp.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Estruturas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Leila limp obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Uma obra é legível ao observador comum somente quando repropõe, nas formas e com os instrumentos que o artista escolhe, a realidade como é sentida pelo próprio autor. Resultado de uma série de pesquisas, as obras de Leila Limp constituem a página aberta de um livro imaginário, no qual imprime o seu íntimo não somente racional mas também emotivo, além da fria concatenação das coisas e as voltas interpretativas que se aglomeram.

As pinceladas de suas cores quentes, às vezes também espatuladas, demonstram excelente conhecimento técnico. A artista traduz a realidade sintetizando seus sentimentos com intuito fecundo. Onde a luz distribui e dita as estruturas e se faz a transmissora da composição, sugere as profundidades da estrutura e constitui o estímulo de base.

As propostas e os conteúdos existem e Leila Limp os acentua com todo o empenho de que dispõe. Não se trata por parte da artista de uma forma de se refugiar sobre posições de uma cômoda introversão, assim como inexiste qualquer explosivo ato de acusa, mas sim uma transferência de seu discurso para as telas.

Na obra "Estruturas", doada ao Acervo Artístico do Parlamento Paulista, os valores originais permanentes de luz, cromatismo e espaço substanciam e exaltam a implantação estrutural, onde encontramos a presença do abstracionismo histórico.



A Artista

Leila Limp, pseudônimo artístico de Leila Horta Halfeld Limp, nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais no ano 1946. Foi aluna dos consagrados pintores: Nestor Peres (desenho), Lecy Bonfim (desenho e pintura), Giovanni Oppido, Moro, Colette Pujol, Luiz Pinto entre outros.

Sua primeira exposição data de 1985 e foi realizada no atelier do professor Falciano. Participou ainda das seguintes mostras: Casa de Portugal, Atelier Renato Pinto, SP; X Salão Arquidiocesano de Belas Artes, Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais, RJ; VI Salão Nacional de Artes Plásticas Eduardo Gomes, RJ; Associação dos Artistas Plásticos Profissionais do Rio de Janeiro; V Salão Nacional de Artes Plásticas da Paisagem; II Expo-Centro Transmontano de São Paulo; VI Salão Nacional de Artes Plásticas "Pablo Picasso" (1986); 49°, 50° Salão Paulista de Belas Artes, (1986 e 1988); Atelier Renato Pinto, Ipê Clube, SP; XI Salão Arquidiocesano de Belas Artes, SP; III Salão Leonístico de Artes Plásticas, Santos, SP; II Exposição Brasil - Portugal; Salão Feminino Primaveril, Sociedade de Belas Artes Antonio Parreiras, Juiz de Fora, MG (1987); Galeria Rubayat; 45° Salão Livre, Associação Paulista de Belas Artes, SP; XVIII Salão da Paisagem Paulista, Associação Paulista de Belas Artes, SP; XII Salão Arquidiocesano de Belas Artes, SP; Atelier Repinto, Câmara Municipal de São Paulo (1988); Galeria Portinari, Juiz de Fora, MG (1989, 1990, 1991, 1992 e 1996); Salão Oficial Municipal de Belas Artes, Juiz de Fora, MG; VI Salão Nacional de Artes Plásticas da 21ª Semana Benedito Calixto, Santos, SP (1990); V e VI Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, MG (1990, 1991, 1992 e 1993); Grupo de Arte "Marília Fairbanks", São Roque, SP (1991); Salão Oficial Municipal de Belas Artes Antonio Parreiras; XVI Salão Arquidiocesano de Belas Artes, SP (1992); Espaço Cultural do Clube Transatlântico, SP (1993 e 1995); Espaço Cultural Anthiquárius; Salão de Belas Artes, Juiz de Fora, MG (1994 e 2003); Espaço Cultural Banco do Brasil, SP (1995); Espaço Cultural Banerj, SP; Centro Cultural Tão Sigulda, SP (1996); Espaço Cultural Infraero e Espaço Cultural Incor, SP (2003).

Recebeu inúmeros prêmios e possui obras em coleções particulares na Itália, Alemanha, Portugal, França e Canadá e no Acervo Artístico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

alesp