A espontaneidade artística de Martha Farias em defesa de símbolos regionais da Bahia

Museu de Arte do Parlameto de São Paulo
13/05/2008 16:47

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Martha Farias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/marthaw farias-2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Catadora de algodão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/catadora de algodao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A arte figurativa é sobretudo testemunho e isto é evidente na forma espontânea das realizações de Martha Farias que através de sua sensibilidade obteve um profundo encorajamento para procurar e atuar uma expressão gráfica própria. A pintora iniciou a busca de uma sua original e autêntica expressão qual seja um produto genuíno de sua espontaneidade artística.

A pintura de Martha Farias, enquanto de um lado foge de interpretações cerebrais, de outro não se contenta de se entregar à simples clareza visual das imagens, para procurar além do evento representativo, uma conotação morfológica mais complexa e meditada.

Seguindo uma pesquisa de natureza sentimental imediata e vibrante, calorosa e sincera, as estruturas formais e a riqueza cromática de suas obras acoplam uma maneira bem pessoal de colher a atitude dos personagens, o espírito da intuição e o ritmo do elemento natural.

Com um respiro metafísico, suas figuras femininas são delineadas pela textura do desenho e da cor e parecem excluídas do peso de realidade para assumir a mensagem de um mundo somente seu, no aguardo de novas esperanças.

Está patente que em Catadora de algodão, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Martha Farias não segue uma escola ou uma tendência pictórica, mas exprime suas ansiedades e suas tensões sobre a tela com liberdade de expressão fazendo com que sua obra assuma a originalidade em defesa de símbolos regionais da Bahia.



A Artista



Martha Farias nasceu em Salvador, Bahia, em 1954. Aos 9 anos de idade mudou-se para São Paulo, onde iniciou seus estudos de desenho acadêmico com a pintora Anita Fraga (1963 a 1969). Dois anos depois freqüentou o curso técnico de desenho de comunicação no IADE - Instituto de Arte e Decoração (1971 a 1973).

Desejando ampliar sua formação artística, durante 3 anos cursou a Escola Panamericana de Arte, formando-se com menção honrosa no curso superior de Comunicação e Publicidade. Paralelamente a esses cursos continuou sempre pesquisando novas técnicas e novos materiais de pintura em tela e em cerâmica.

Atualmente está realizando um curso de escultura em bronze e resina no Museu Brasileiro da Escultura. Inspirada em sua terra natal, retrata personagens e festas do folclore baiano.

Desde 2005 tem colaborado com o Centro Cultural Apsen de São Paulo, onde realizou as exposições Oferenda e Baianas Símbolos de Fé.

Possui obras em diversas coleções particulares na Bahia, São Paulo, no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp