Especialistas apontam situação de estresse hídrico na Grande São Paulo

Além de investimentos na ampliação e preservação de mananciais
30/09/2011 20:10

Compartilhar:

Reunião da  Frente Parlamentar de Acompanhamento das Ações da Sabesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/FrenteSabesp30set11RobNomeada.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> No final da reunião, foi aberta a possibilidade de participação do público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/FrenteSabesp30set11Rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Angelo Perugini  e  Ana Perugini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/FrenteSabesp30set11Rob1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta sexta-feira, 30/9, foi relançada a da Frente Parlamentar de Acompanhamento das Ações da Sabesp, coordenada pela deputada Ana Perugini (PT). O evento contou com a participação de lideranças municipais do interior e da Grande São Paulo e de especialistas na área de saneamento.

Segundo Perugini, é urgente a discussão sobre o saneamento, pois a Sabesp responde por esses serviços em mais da metade dos municípios paulistas. "Há vários pontos que precisam sem discutidos pela frente", disse, "como o término da outorga, em 2014, do Sistema Cantareira, que afetará também o atendimento da Região Metropolitana de Campinas".

Diversos especialistas expuseram suas preocupações a respeito do saneamento no Estado de São Paulo. "Já estamos em situação de estresse hídrico na região da Grande São Paulo e na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, por falta de planejamento", alertou Francisco Carlos Lahóz, da Agência de Água PCJ.



Abastecimento e tratamento



Os problemas da Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo foram expostos pelo professor Julio Cerqueira Cesar Neto. Segundo o que ele disse em relação ao abastecimento de água, a empresa não tem investido na ampliação e na preservação de mananciais. O professor destacou os problemas de contaminação dos mananciais por emergentes tóxicos de diversos tipos, que podem causar de doenças a mutações genéticas. O tratamento da água, portanto, deveria se utilizar de tecnologias mais modernas. Ele questionou ainda o percentual de esgoto tratado, que seria muito menor que o anunciado pela Sabesp. Considerou ainda irresponsável o modo como a empresa mantém os reservatórios, e criticou a gestão preocupada apenas com os acionistas, "sem demonstrar preocupação com os usuários".

Esse foco da Sabesp nos lucros também foi apontado pelo presidente do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, Angelo Perugini. Ele, porém elogiou o trabalho da empresa na cidade da qual é prefeito, Hortolândia. É das prefeituras a titularidade e a gestão do saneamento, na opinião de Silvio José Marques, presidente da Associação Nacional do Serviços Municipais de Saneamento (Assemae). Só assim a universalização do serviço será possível, disse.



Tarifa única



"A Sabesp tem de honrar sua situação de empresa pública", disse o urbanista Ari Fernandes, que também foi um dos que criticou a falta de transparência dos projetos e planos da Sabesp com municípios e população e a prática de cobrança de tarifas únicas, independentemente do custo de fornecimento e de tratamento de esgoto, mesmo que o serviço não seja realizado. As experiências das cidades de Araras e Diadema foram expostas por Carlos Cerri Junior e Neuceli Bonafé Bocatto.

No final da reunião, foi aberta a possibilidade de participação do público presente, que pôde comunicar problemas em suas regiões e questionar os especialistas presentes. Ana Perugini comentou as denúncias feitas sobre problemas em São Roque e Capela do Alto e disse que todos os questionamentos feitos seriam investigados pela frente.

alesp