Dotada de um profundo sentido de paz, a dimensão da paisagem de Anaíde Oliveira

Emanuel von Lauenstein Massarani
27/08/2003 14:00

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Obra Paisagem da Chapada Diamantina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/ChapadaDiamantina.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Anaíde Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Anaide - ChapadaDiamantina.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ligada por vocação à tradição européia, Anaíde Oliveira faz questão de observar em volta de si, alargando o horizonte das suas experiências. Sai de sua solidão para uma participação ativa e, empenhada pelos acontecimentos e com os fatos da vida contemporânea, supera de relance a distância entre ontem e o hoje, entre a pintura de tradição e a de nossos dias, entendida como a participação do ser humano na vida presente.

A pintora em poucos anos descobriu sua palheta, fez suas escolhas tonais, conquistou o segredo de uma equilibrada paginação, de uma ordem compositiva e espacial, aprendeu a arte da passagem dos tons do narrativo ao lírico, da percepção visual à transfiguração fantástica, da visão imediata do presente ao chamamento da memória.

Pintora pós-romântica, Anaíde Oliveira sabe unir a meditada lição dos pintores do passado à simplicidade da pesquisa impressionista, enquadrada numa severa moldura estrutural pictoricamente composta e dotada de um profundo sentido de paz.

O traço forte e livre de seu desenho constrói contornos procurando colher a dimensão espiritual da paisagem. Assim é a obra "Paisagem da Chapada Diamantina", oferecida ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa.

Basta admirar as árvores e o rio para sentir que suas variações cromáticas são resultado de uma rápida e sólida elaboração do "impasto" na qual as cores não se fundem completamente, mas permanecem leves, e nos transmitem o realismo do local.

A Artista

Anaíde Oliveira, nome artístico de Anaíde Rosa de Oliveira Teixeira dos Santos, nasceu em Lisboa no ano de 1956. Veio para o Brasil em 1971 radicando-se com a família em São Paulo.

Formou-se em Pedagogia e Orientação Educacional pela Universidade de São Paulo. Deixou a vida profissional -- como ela própria afirma -- para dedicar-se ao ócio criativo. Embora autodidata, participou de cursos livres de arte com vários professores, iniciando com trabalhos acadêmicos e posteriormente pesquisando arte moderna, utilizando preferencialmente a espátula.

Realizou diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Círculo Militar de São Paulo (1999, 2000, 2001, 2002 e 2003); Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (2003); Centro Cultural da Marinha, SP (2002); XIX Salão de Artes Plásticas de Rio Claro; Salão Cultural Flat Poeta Drummond; 1º Salão de Artes do Centro Cultural, Vila Mariana (2001); Salão Adolpho Bloch, Hebraica, SP (2000).

A artista possui obras em diversos Acervos Oficiais no Brasil, entre eles: Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, Círculo Militar de São Paulo e Complexo Júlio Prestes.

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