João Cândido da Silva impregna de ritmo e musicalidade suas feéricas festas de cores

Numa era de progresso tecnológico e exasperada manifestação da "máquina", existe uma modificação das relações humanas: sempre maior é a distância que separa o homem do próprio ser.
A arte popular que qualificava as tradições e o folclore de uma comunidade perdeu a própria razão de existência e a "essência" foi herdada por homens sensíveis que se transformam em poetas de um passado onde se esconde um primitivismo sempre menos manifesto e mais esquecido.
O desconhecido artista popular de um tempo, o pintor de "ex-votos" ou de insígnias, torna-se um artista solitário, herdeiro de tradições folclóricas, cantor de mitos e recordações. Assim é João Cândido da Silva, filho de uma família de artistas proveniente de Campo Belo, no sul de Minas Gerais, e irmão de Maria Auxiliadora da Silva, cuja arte já foi decantada pelo mundo através de livros e exposições.
Uma vida dura e difícil o levou desde muito jovem a uma renúncia contínua. O seu florescer aos 70 anos é conseqüência de um instinto reprimido que explodiu com a alegria de bloquear para si e transmitir aos outros as próprias experiências.
Ele canta o mundo encantado das cenas e festas populares, do Carnaval, das escolas de samba, revelando sobretudo um Brasil pitoresco e musical.
De excelente imaginação, João Cândido da Silva possui um grande sentido do ritmo e da cor, aliado a um profundo amor pela terra natal. Seus caboclos e suas favelas, enfocados sob o sol dos trópicos, se transformam em uma feérica festa de cores. São quadros ricos, sonoros e, por incrível que pareça, transbordantes de felicidade, impregnados de bucólica poesia.
Em que pese resida hoje numa capital efervescente como São Paulo, o artista conservou, felizmente, o impacto da arte popular mineira, conferindo-lhe tanto sua particularidade quanto seu charme. Suas composições, como em "Samba", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, contam, com cores claras e vivas, a magia do trabalho do campo e nossos festejos.
O artista
João Cândido da Silva nasceu em 1933, na cidade de Campo Belo, Minas Gerais. Iniciou sua carreira artística em 1964, participando dos eventos culturais promovidos pelo município paulista de Embu, terra das artes, e de outros movimentos formados por diversos grupos de artistas daquela região.
Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se: 1º Salão de Arte Popular de Embu; 17º Salão de Artes Plásticas de Embu; Centro de Artes Shopping News e União Cultural Brasil-Estados Unidos; Museu de Pintura Primitiva de Assis; 2º Encontro de Arte de Osasco; Museu de Arte de São Paulo (Masp); Clube Solar de Amigos; Espaço Cultural Sesc Dr. Vila Nova; "Os Silvas na Cultura Negra", no Paço Municipal de São Bernardo do Campo; "Arte Negra " Raízes", no Paço das Artes de São Paulo; "Mito e Magia del Colore", Nápoles, Itália; e "Caminhos nas Artes Brasileiras", Espaço Cultural Caminhos e Artistas Brasileiros e do Haiti, Lively.
Recebeu diversos prêmios, entre eles: Grande Medalha de Ouro no 17º Salão de Artes Plásticas de Embu (1980); Medalha de Ouro no 2º Encontro de Arte de Osasco (1983); Pequena Medalha de Prata no 2º Salão de Arte Jean Baptiste Debret (1983); Menção Honrosa na Coletiva de Artes Plásticas de Araras (1983); Menção Honrosa pela Associação de Artes Plásticas Cândido Portinari (1970); e Grande Medalha de Prata em Escultura, 1º Salão Nacional de Arte Popular Zumbi dos Palmares, Embu (1977).
Suas obras encontram-se em inúmeras coleções particulares e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. Referências ao autor encontram-se publicadas em catálogos e livros de artes plásticas nacionais e estrangeiros.
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