Parque Estadual da Ilha Anchieta possui grande diversidade de fauna marinha


17/01/2011 19:30

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A Ilha Anchieta, localizada no município de Ubatuba, era conhecida inicialmente como Ilha dos Porcos, quando nela foi construída uma colônia penal e desapropriadas cerca de 412 famílias. Esta colônia foi desativada em 1914, com os presos sendo transferidos para os presídios de Taubaté, mas, em 1928, foi reativada para abrigar os presos políticos do período da ditadura de Getúlio Vargas. Nesta época, além dos habitantes originais, passaram a morar na ilha os soldados e seus familiares. A Ilha dos Porcos passou a ser denominada Ilha Anchieta apenas em 1934, como parte das homenagens ao quarto centenário do nascimento do Padre José de Anchieta. Em 1942, a antiga colônia penal se transformou no Instituto Correcional da Ilha Anchieta.

Em 1955, após uma grande rebelião dos presos, o presídio foi desativado e, somente em 29 de março de 1977, a ilha foi reativada, mas como Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEI) e sob a administração do Instituto Florestal. Com 828 hectares de extensão, o parque está a 600 metros do continente e abriga uma fauna diversificada, a maioria introduzida na ilha em 1983 pelo Zoológico de São Paulo. Hoje, possui uma superpopulação de capivaras, macacos-prego, gambás, lagartos, tatus e cutias. Levantamentos científicos constataram a presença de apenas 72 espécies de aves, entre as quais: sabiá, juriti, tangará, tiê-¬sangue, colerinha, saíra, bem-te-vi, atobá, gaivota e beija-flor. Algumas espécies devem ter sido extintas devido ao corte de madeiras, queimadas, caça e, recentemente, pela predação de ninhos pelas espécies exóticas, como quatis e saguis. A grande maioria dos animais introduzidos abrigam doenças transmissíveis ao homem e a ilha possui o mosquito vetor de gripe aviária.

A vegetação do PEI possui características de floresta secundária, em diversos estágios de recuperação, e é composta por: aroeira, ingá ferradura, capixingui, guapuruvu, figueira, Jerivá, capororoca, embaúba, jacatirão, araçá e outras. Nas águas cristalinas que cercam a ilha são encontrados cardumes de tainhas, robalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores e tartarugas marinhas, protegidos por um polígono de interdição de pesca de qualquer modalidade. Faz parte da fauna e flora marinha também os corais, esponjas, algas, budiões, arraias-prego, garoupas, badejos e peixes coloridos. No parque é proibido acampar, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha, colher mudas, cortar plantas e abrir caminho pela mata. Também não possui lanchonetes, mas conta com três quiosques disponíveis para piqueniques.

Quem estiver disposto a uma caminhada, pode fazer trilhas pela ilha, mas é preciso ter cuidado, a ilha está repleta de cobras. Entre as trilhas, destaque para a da Prainha do Engenho (530 metros), que liga a praia do Presídio - uma das principais - à do Engenho, onde grandes rochas formam uma piscina natural. Outra opção é o trajeto que leva à Praia das Palmas, de águas claras, calmas e areia fina, ideal para quem não sabe nadar ou está com crianças. Durante o percurso, o visitante pode aproveitar a visão dos costões da ilha, de onde é possível ver tartarugas nadando. Há também as trilhas Subaquática (350 metros), que leva ao Costão Rochoso, onde habitam organismos marinhos como as estrelas do mar, coral cérebro, diferentes tipos de algas, anêmonas, poliquetas e peixes; e a da Represa (750 metros), que passa pela Casa de Máquinas e pelo mirante Passado e Presente e termina na represa que armazena a água produzida pela floresta.

Outras atrações do parque são a prática de mergulho, visitas ao quartel e ao antigo presídio. Atualmente, a parte frontal do presídio, reformada, abriga a administração do parque, sala de exposição, auditório, ambulatório e sanitário público. As celas foram construídas de modo a formar um pátio retangular e era nesse pátio que os presos se reuniam, tendo em volta as celas onde ficavam confinados mais de 450 presos, todos de alta periculosidade. Hoje, elas estão em ruínas e têm acesso restrito, mas já existe um projeto de recuperação para a implantação de atividades culturais e educativas.

alesp