Rodrigo Nucci pinta o seu "bestiário" aliando uma técnica milenar à expressividade atual

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/10/2005 15:53

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Rodrigo Nucci, pseudônimo artístico de Rodrigo Gugliotti Nucci<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Rodrigo Nucci.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Lobo Guará"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Rodrigo Nucci Lobo Guara.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Retornando a certas tradições da pintura que não mudam com o passar dos tempos, porque ligadas infinitamente ao ser humano, Rodrigo Nucci apresenta suas obras à luz de um passado que marcou época. Com o intuito de revalorizar uma arte que parece extinta, o jovem artista se revela endereçando-se na direção a um estilo inconfundível que aproxima a tradição milenar da antiga arte armênia à atual expressividade pictórica.

Dentro dessa linha, Rodrigo Nucci nos oferece imagens de seu bestiário dentro de uma realidade a mais fugaz de nosso tempo e onde o tema central aparece envolvido numa nevoa de sonhos.

Fonte de sua inspiração é pois o "real" que, filtrado através de uma pesquisa cultural aliada à sensibilidade, bom gosto e sobretudo à memória, Nucci nos propõe em suas linhas essenciais, o que de melhor se descobre do caráter e se mede da carga poética.

Sua criatividade está aliada a uma técnica apurada em fase de contínuo enriquecimento. A pontualidade da herança morfológica determina uma equilibrada relação entre poesia e estrutura, pois a emoção que transmitem suas obras é de natureza essencialmente lírica e seu discurso não se sobrepõe à possibilidade de aproveitar da experiência estética com liberdade e prazer.

Na valorização de suas obras, a magia monocromática é sustentada por contrapontos espaciais, despolhada de detalhes supérfluos enquanto que a distribuição dos volumes está em harmonia com os planos.

Na obra "Lobo Guará", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista não procura efeitos desnecessários. Ao observador, antes de qualquer apreciação estética, sua obra suscita interesse espiritual. Na realidade com esses seus "imobilismos animados", somos induzidos à meditação, ao êxtase, redescobrindo na natureza o sentido do eterno e a presença do divino.

O Artista

Rodrigo Nucci, pseudônimo artístico de Rodrigo Gugliotti Nucci, nasceu em São Paulo, em 1974. Formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade de Taubaté e pós-graduação em história da arte pela Fundação Armando Álvares Penteado, SP (2001 a 2003).

Realizou cursos de desenho e pintura no atelier de Ricardo Montenegro em Taubaté, SP (1992); desenho e modelagem em massa clay na Volkswagen do Brasil em São Bernardo do Campo, SP (1996); gravura em metal, com George Gutlich na Fundação Cassiano Ricardo em São José dos Campos, SP (2002); escultura no atelier Kislansky, SP (2004) e modelo vivo, técnicas de preparação e pintura, aquarela e história da arte, escultura, talha e gravura com Rubens Matuk, SP (2000 a 2005).

Realizou as seguintes exposições individuais: Espaço Cultural Taubaté Shopping Center, Taubaté, SP (1999); Opera Mundi, Taubaté, SP; Galeria Gaia, Piracicaba, SP (2000 e 2001) e participou de exposições coletivas na Galeria Mix, Taubaté, SP (2000); Espaço Cultura do Departamento de Arquitetura da Universidade de Taubaté, SP (2001); Casa Aly de Arte Contemporânea, SP (2002); Galeria Madeira Hum, SP; Chapel School Art Show, SP (2003) e "Aldemir Martins 80 anos", Nova André Galeria de Arte, SP (2004).

Possui obras em coleções particulares de São Paulo e do Vale do Paraíba e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp