Secretário de Estado explica situação do Centro Paula Souza


25/11/2004 20:07

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João Carlos de Souza Meirelles<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Com Fin OrcaA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados Enio Tatto e Carlinhos  Almeida<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Com Fin OrcaB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Redação

Atendendo à solicitação de Enio Tatto (PT), a Comissão de Finanças e Orçamento realizou, nesta quinta-feira, 25/11, reunião extraordinária com a presença do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles. O objetivo do encontro foi discutir a situação atual das Escolas Técnicas Estaduais (ETEs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs), mantidas pelo Centro Paula Souza.

Depois de Luiz Gonzaga Vieira (PSDB), presidente da comissão, ter convertido a reunião em Audiência Pública, o secretário realizou uma explanação sobre a evolução do Centro Paula Souza desde 1999, quando havia apenas 99 ETEs, nove Fatecs e seis classes descentralizadas. "Hoje temos 105 ETEs funcionando e 17 em construção. As Fatecs, que eram nove, já são em número de 17, e completarão 20 campi com a inauguração das unidades de São Bernardo do Campo, Carapicuíba e do Jardim São Luiz, na Zona Sul da Capital". Meirelles indicou ainda a importância para as classes descentralizadas, que, instaladas em municípios que não têm população suficiente para comportar uma ETE, podem oferecer a seus jovens ensino técnico de qualidade, já que as aulas são ministradas pelos professores do Centro Paula Souza.

Três semestres

O secretário apontou o fato de que, desde que as ETEs se desvincularam do ensino médio, passando ter seu conteúdo restrito à matérias técnicas em três semestres letivos, o número de matrículas, além de ter aumentado, passou a atingir um público de menor poder aquisitivo e maior faixa etária. "Dessa forma, os cursos passaram a atender quem mais precisa", atentou Meirelles, quando ressaltou que os cursos técnicos têm sido implantados visando atender às necessidades de mercado de cada região. "Sua principal função é oferecer qualificação profissional para que seus alunos possam ser absorvidos pela empresas, promovendo desenvolvimento em suas regiões".

Em relação à escolha dos municípios contemplados com a instalação de uma ETE, Carlinhos Almeida (PT) sugeriu critérios mais transparentes e democráticos. "Poderia ser feita uma espécie de Orçamento Participativo, envolvendo as comunidades nessa decisão", ponderou.

Sobre essa questão, Meirelles informou que, o critério adotado é político, mas não no sentido clientelista. "Nós desenvolvemos uma política que busca o desenvolvimento econômico e social do Estado. Em alguns momentos, dois ou mais municípios oferecerão as mesmas condições, inclusive em termos de parceria para a instalação das escolas. Nessas horas o que prevalecerá é a orientação do governador, que arcará com os possíveis ônus de sua decisão", esclareceu.

Necessidades regionais

Respondendo à indagação de Vitor Sapienza, o Meirelles informou estar nos planos do Centro Paula Souza a instalação de uma ETE, sediada na Baixada Santista, voltada para a qualificação de pescadores embarcadiços, visando à pesca industrial, em alto mar. "Além da pesca, implantação de criadouros de moluscos a região exige mão-de-obra especializada, como mostra a região de Cananéia, que vem produzindo ostras de primeira qualidade".

Aldo Demarchi (PFL) falou da necessidade da região de Rio Claro para adequar a mão-de-obra local à modernização ocorrida na indústria ceramista, uma vez que se buscam profissionais em Santa Catarina ou no exterior para atender à demanda. "O espaço físico para a instalação se uma ETE já existe em Rio Claro, pois na cidade há o prédio de uma escola estadual que está ociosa", sugeriu. Enio Tatto, por sua vez, perguntou se o governo conseguirá atingir a meta de instalar 200 ETEs no Estado.

"Com a implantação das classes descentralizadas, cada unidade instalada nas cidades maiores poderia atender de dois a três municípios pequenos. Embora esse número nunca tenha sido uma promessa de campanha, seriam necessárias aproximadamente 200 ETES para atender a todos os municípios do Estado. Essa é uma meta de longo prazo, a ser perseguida por este e pelos próximos governos. Dessa forma, acredito que dentro de oito a dez anos, todos os 645b municípios do Estado serão atendidos".

alesp