A linguagem de Edílson Ferri articula o espaço urbano numa pluralidade de prospectivas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
28/03/2007 15:28

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Edílson Ferri <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Edilson Ferri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Geometria Urbana</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ferri (1)a .jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Edílson Ferri é um pintor que consegue reter a luz dentro das estruturas geométricas de seus quadros. A cor contida em um traçado emerge como retângulos de um vitral contra o sol. Sua dinâmica significa denúncia decisiva de cada forma de inspiração e deseja representar uma nova e consciente proposta de abolição da representação figurativa. Partindo dessa raiz, o artista vê a expressão visiva como realidade fantástica e contrapõe a geometria abstrata à arte imitativa.

O traço adquire as suas justas dimensões, não em virtude de uma situação emocional, mas em relação aos puros valores existentes entre espaços e planos. A ação progressiva foge à elevação e cria, através dos pontos de luz, um "paradigma monodimensional", até alcançar um simbolismo decorativo. A cor aplicada nas zonas geométricas " formadas e envolvidas pelo recurso dos traços " cria uma trama tecida de sensível efeito. O variar cromático e o entrelaçado " racional e peremptório " dos percursos provocam situações espaciais, ágeis e móveis, que inspiram as mais amplas implicações.

Suas massas, ora enigmáticas e impenetráveis, ora ambiguamente luminosas, constituem, juntamente com a cor, os componentes essenciais de seus quadros. A luz improvisa e forte, quase artificial, parece congelar a ação, sem cancelar, todavia, a presença constante de pensamentos e de recordações. A precisão e a tranqüilidade estão lá onde o grafismo prevalece.

Artista-arquiteto, em suas visões sobre o ambiente urbano, Ferri fundou a própria linguagem, sobre um sistema de espaços que, diversamente divididos, articulam o espaço numa pluralidade de prospectivas. Suas "paisagens" vistas do alto parecem se colocar na confluência da realidade e da memória; no rigor de uma implantação urbanística meditada em cada componente e em cada sua interna relação. Elas concluem momentos específicos de uma experiência visiva e, ao mesmo tempo, emotiva.

Em vista da utilização de cores sonoras e impregnadas de luminosidade, essas "paisagens", como em Geometria Urbana, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, transmitem alegria e felicidade, miragens que são de um cosmo em perfeito equilíbrio entre sentimento e intelecto.

O artista

Edílson Ferri nasceu em São Bernardo do Campo (SP), em 1963. Iniciou-se na pintura em 1977. Formou-se em arquitetura e urbanismo na Faculdade São Judas Tadeu e hoje estuda arquitetura e urbanismo no Centro Universitário Belas Artes.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: Salão Lauro Gomes, São Bernardo do Campo, SP (1981 e 1985); Salão de Artes "Sindicato Ano Zero" (1983); I Exposição Coletiva de Artes Plásticas em Diadema, SP; Espaço Cultural de Santo André, SP (1984, 1985, 1988); Tênis Clube de São Bernardo do Campo, SP (1984); Clube de Engenharia de Santo André, SP; 21° Salão de Artes Plásticas de Embu, SP (1985); FEC do ABC, São Caetano do Sul, SP (1985); III Salão de Artes Plásticas de Rio Claro, SP (1985); Câmara Municipal de Santo André, SP (1983, 1984, 1985 e 1988); I Salão de Arte Contemporânea de Americana, SP (1985); I Salão Regional de Artes Plásticas de Santo André, SP (1985); XII Salão Limeirense de Arte Contemporânea (1985); Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, São Bernardo do Campo, SP (1985); Salão Meios e Tendências Fundação das Artes, São Caetano do Sul, SP (1985); Centro Cultural "Tao Sigulda", Campo Limpo Paulista, SP (1986); ACM, São Paulo (1986); III Encontro de Artes de Osasco, SP (1986); 15° Salão de Arte Contemporânea de Santo André, SP (1987); Artistas Andreenses, Santo André, SP (1987); Pinacoteca do Diário de Grande ABC, SP (1987); Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis (1988); "Artistas Jovens do ABC", Santo André, SP (1990); Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo do Campo, SP (1991); 1° Salão de Artes Plásticas de São Bernardo do Campo, SP (1991); Oficina de Artes de São Caetano do Sul, SP (1993); "Projeto 1001 Artes", São Paulo (1993); Universidade São Judas Tadeu, São Paulo (1993); Retrospectiva 15 anos " Escola Oficina de Artes (1997); Arte Tamboré e Tamborim, SP (1998); Arte Pública, Diadema, São Paulo (2000); Pinacoteca de São Bernardo do Campo, SP (2001); Meninos do Brasil, Unicid, São Paulo (2001); "Sacro e Profano", Funarte, São Paulo (2001); Galeria Espaço Arte, Santo André, SP (2002); "Um Líquido Chamado Água", Teatro Municipal de Mauá, SP, e Faculdade Tereza Ávila, Santo André, SP (2002); Casa de Portugal, SP (2003); Mostra de Arte e Decoração, São Paulo (2003); "Latinidades", Diadema, SP (2003); "Bolsa de Idéias", SP (2003); "Uma Viagem de 450 Anos", São Paulo (2004); Projeto Artscars - BMW - Galeria Nova André, São Paulo (2004); "Litografias", Pinacoteca de São Bernardo do Campo, SP (2004).

Possui obras na Pinacoteca do Diário do Grande ABC, Santo André, SP; no Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, SC; na OAB de Santo André, na Pinacoteca de São Bernardo do Campo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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