As paisagens de Santino transmitem a poesia das coisas simples e dos sentimentos insubstituíveis

Emanuel von Lauenstein Massarani
31/05/2004 14:00

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Santino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/santino.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra  Paisagem<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Santino Paisagem.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ancorado em uma cultura tipicamente figurativa, que não desdenha a livre e hábil interpretação, Santino encontrou no desenho solto e no vigor cromático a matéria mais apropriada para exprimir, através de meios expressivos, o seu autêntico mundo pictórico. Exigente na composição e puro na cor, sua execução é nítida. Percorrer suas obras é como o passeio feliz de uma alma serena e encantada.

Santino consegue bloquear visões realistas e consuetudinais revendo-as com uma habilidade pessoal, intuitiva e narrativa. O artista alcançou uma simplicidade expressiva, descobre sua alma sensível e nos transmite uma poética maneira de observar. O todo nos parece uma alegre explosão da natureza sorridente, com luz clara e cores puras. Às vezes, quase contos de fada, as paisagens de Santino são um hino à poesia dos campos, dos jardins, das florestas. São límpidas visões iluminadas de cores naturais resplandecentes com as mais preciosas velaturas de verdes.

O clima de contos é acentuado pelas formas que assumem as árvores, nas quais cada composição é dominada pela transparência, pela ordem e pela fantasia. Não podemos esconder que na arte de Santino, o que principalmente se aprecia é a atmosfera difundida de ligeiros tremores, de improvisas ascensões onde o tonalismo intimístico das visões é surpreendente.

Suas cores refinadas são controladas na tonalidade e na mescla: é a poesia das coisas simples e do sentimentos comuns insubstituíveis, que nasce de uma pintura honesta nas intenções e séria nos resultados, como o demonstram a sobriedade dos meios expressivos e sobretudo a escolha dos temas.

Por amor e escolha cultural, na obra "Paisagem", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, o artista se dedica a uma viagem naturalista longe dos modismos ecologistas tão comuns na arte de nossos dias.

O Artista

Santino, pseudônimo artístico de Santino Jaime Mauro, nasceu em São Paulo em 1934. Estudou pintura e desenho na Escola Técnica Getulio Vargas com o professor Edmundo Migliaccio (1946). Freqüentou por mais de 10 anos a Associação Paulista de Belas Artes inicialmente como sócio e depois como membro do conselho deliberativo. Recebeu orientação artística dos professores Nestor Peres, Mario Zanini e Waldemar da Costa.

Participou das seguintes exposições: 27º, 30º e 34º Salão da Associação Paulista de Belas Artes (1968, 1971 e 1976); 1º, 4º e 5 Salão da Paisagem Paulista (1969, 1972 e 1973); 1º Salão de Santana do Parnaíba (1970); 6º Salão da Primavera (1974); Salão Comemorativo do Centenário de São Caetano (1977); 1º Salão Ararense de Artes Plásticas (1978); 1º Salão de Artes Plásticas de Matão (1979); 1º Salão de Artes Plásticas de Taboão da Serra (1980); VI Exposição Cultural dos Imigrantes (1982); Feira de Artes do Clube Paineiras do Morumbi (1997); Shopping Center 3 (1998); Espaço Cultural do Hospital Albert Einstein; Salão Nobre do S.E. Palmeiras e Espaço Cultural do Clube Ipê, SP (1999); Espaço Cultural do Fórum Pedro Lessa (2001 e 2002); Espaço Cultural da Câmara Municipal de São Paulo, Espaço Cultural Winston Chuchill (2002).

No decorrer de sua carreira artística recebeu inúmeros prêmios e menções honrosas nos diversos Salões que participou. Possui obras em acervos particulares e oficiais na Itália, França, Suíça, Portugal, Áustria, México, Venezuela, Chile e no Brasil entre eles no Acervo Artístico da Assembléia Legislativa.

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