Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Um ato de fé no porvir e procura do Ser Divino nas obras de J. C. Canato


15/10/2008 14:39

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Sagrada Família <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Sagrada%20Familia%20-%20Canato.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Stella Gomide<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2008/Stella Gomide.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Monumento à Saúde<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2008/obra canato.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A pintura de J.C. Canato se encaixa no quadro geral da arte contemporânea pela força de sua linguagem, pela esperança que emana de seus personagens. O homem encontra-se no centro de seu universo, um homem que revive os próprios anseios e angústias e que se afirma através de um sentido de lirismo, quase a definir um gesto, uma palavra.

Deixando de lado as reminiscências históricas e iniciais sua obra encontra uma área de intervenção, um modo de pintar que depassa cada imagem para transformar-se em sentimento vivo e profundo, participação intensa da existência humana. De suas composições emana um clima de religiosidade, de amor, de fraterna compreensão da vida e até mesmo do nosso quotidiano.

A evolução do pintor, nestes últimos anos, é patente e significativa. Seus seres, anteriormente demarcados por um traço tenso circunscrevendo os volumes anatômicos, hoje se afiguram sublimes, delicadamente envolvidos por um jogo de luzes eqüitativamente distribuído.

Contrariamente a certos pintores "preocupados pelo social", J. C. Canato não busca transmitir tão somente a angústia e a dor da atual sociedade, na qual o grito desesperado de seus personagens não é outro que o último ato liberatório do homem sufocado pela tecnologia avançada. Sua pintura é muito mais. Sustentado por uma técnica refinada que lhe permite alcançar avançadas soluções, tanto a pintura monocromática quanto a policromática de J.C. Canato faz com que suas imagens sejam reabsorvidas pelo fundo.

Uma serigrafia intitulada Monumento à Saúde (1985) e outra, uma pintura em acrílico sobre tela, Sagrada Família (1989), doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo por este crítico, são obras da primeira fase de J. C. Canato e representam um ato de fé no porvir e de uma incessante e eterna procura do Ser Divino.



O artista



J. C. Canato nasceu em São Paulo, em 1965. Formou-se em Artes Plásticas e Comunicação Visual pela Universidade Mackenzie em 1986. Entre 1984 e 1986, freqüentou o atelier de João Rossi desenvolvendo pesquisas no âmbito da gravura e da aquarela.

Participou de inúmeras exposições coletivas e particulares, destacando-se entre elas: Salão Blue Life de Artes Plásticas, São Paulo (1984 e 1990); Salão Nacional de Artes Plásticas de Alphaville, São Paulo (1985); Salão Ano Internacional da Paz - Secretaria de Estado do Interior de São Paulo (1986); Museu da Casa Brasileira - São Paulo; Montevídeo - Uruguai; II Simpósio de Arte e Cerâmica no Anhembi - São Paulo (1987); Espaço Cultural Cásper Líbero - São Paulo; Espaço Cultural Chap Chap - São Paulo (1988 e 1989); IV Salão de Artes Plásticas da YMCA, São Paulo (1988); Centro Cultural Ferrovia Paulista S.A. (1991); Estação Júlio Prestes - Ferrovia Paulista S.A - São Paulo (1992 e 1995); Chapel Art Show, São Paulo (1992); "Os Meninos da Candelária" - Rio de Janeiro (1993); Centro Cultural de Rio Claro (1994); Ministério Público do Trabalho, São Paulo (1995); Moinho Santo Antonio (1996 e 1997); Galeria La Bitta - Roma - Itália; "Padrão dos Descobrimentos", Lisboa - Portugal; "500 Anos do Descobrimento" - Museu de Arte de São Paulo - Realização Bank Boston (1998); Centro de Convivência Cultural - Campinas; Casa das Artes Plásticas "Miguel Dutra" -Piracicaba; Galeria La Pigna - Palazzo del Vicariato - Vaticano; Salão de Artes Plásticas de Santo Amaro (1999); Palais des Arts - Salon International "Le Monde de la Culture et des Arts" Marseille - França; Pinacoteca Municipal de Amparo; Casa da Cultura - Barra Bonita - São Paulo; XIV Salão de Artes Plásticas de Amparo - São Paulo; Salão de Belas Artes de Piracicaba - São Paulo; Mostra de Arte C.A.S.A - São Paulo (2000); LII Salão Paulista de Belas Artes - São Paulo; Salon International "Le Monde de la Culture et des Arts" - Cannes - França; Casa das Artes de Valinhos, São Paulo (2001); Palais des Arts - Salon International "Le Monde de la Culture et des Arts" Marseille - França; Salon International "Le Monde de la Culture et des Arts - Cannes Azur - França; LIII Salão Paulista de Belas Artes - São Paulo; LIII Salão Paulista de Belas Artes - São Paulo (2002).

Possui obras em vários países, entre eles, o Brasil, Uruguai, Portugal, França, Itália. Também possui obras em acervos oficiais como o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.







Stella Gomide expõe sua "Metropolitânia" no Espaço DDI



Organizada pela Superintendência do Patrimônio Cultural, o Espaço Cultural DDI apresenta até a próxima semana uma série de obras recentes da artista Stella Gomide.

A mostra intitulada "Metropolitânia" pode ser visitada diariamente, no período das 09:00 às 19:00, exceto aos sábados, domingos e feriados.

Segundo o crítico Emanuel von Lauenstein Massarani: "As obras de Stella Gomide reúnem, de modo quase enigmático, a solução gradual de uma precisa tese filosófica, onde consegue conciliar no plano pictórico os conceitos de "finito" e "infinito", no constante respeito às suas intrínsecas dimensões".

A artista tem uma preferência pela paisagem que pinta da realidade, embora às vezes se abandona a composições de fantasia. Se suas obras revelam candura e pureza, seja no traço e no enquadramento, na cor reafirmam habilidade de "metier".

Na foto, aspectos da abertura da exposição.

alesp