Deputados prestam solidariedade a vereador ameaçado

Cassação de prefeito após CPI seria o motivo
10/04/2012 23:08 | Da redação Monica Ferrero " Foto " Vera Massaro

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Ronei Costa Martins e Adriano Diogo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113295.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta terça-feira, 10/4, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais ouviu o vereador do PT de Limeira, Ronei Costa Martins. Ele afirmou ter recebido 16 ameaças de morte por conta de sua atuação, em CPI da Merenda Escolar, da qual foi relator, e que resultou na cassação do prefeito Silvio Felix. A intenção de sua oitiva foi divulgar ao máximo o caso, para que haja apuração e salvaguarda de sua pessoa.

O vereador alega que desde dezembro do ano passado, tem recebido ameaças à sua integridade física e moral, bem como de pessoas de sua família. Segundo ele, foram utilizados diversos meios, como e-mails, mensagens de celular, recados e, mais recentemente, por intermédio de redes sociais. Uma das ameaças dizia, segundo seu relato: "ou você renuncia ou iremos taxá-lo de pedófilo diante da sociedade de Limeira". SEgundo o vereador, foi descoberta a tentativa de "comprar " uma família de baixa renda para que sustentassem a acusação.

Contou que outras pessoas também sofreram ameaças, como jornalistas, que tiveram suas casas depredadas. Ronei Martins avalia também que há "má-vontade" na investigação feita pela Polícia Civil, que não chegou a descobrir os nomes dos autores das ameaças, embora já sejam conhecidos, porque alguns sequer se preocupam em disfarçar.

Em novembro de 2011, 12 pessoas, entre membros da família e pessoas próximas ao ex-prefeito, foram presas em operação do Ministério Público, e a cassação foi decidida no dia 24/3/2012, por conta da suspeita do envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal. As irregularidades envolveram a empresa SP Alimentação, que faz parte de um grupo de empresas especializadas em fraude, que se revezam para ganhar concorrências públicas.

Os deputados Isaac Reis, Marco Aurélio, João Paulo Rillo, Beth Sahão, José Zico Prado, Alencar Santana, todos do PT, expressaram sua solidariedade para com Ronei. Os deputados sugeriram que ele pedisse proteção policial, mas o vereador lembrou que o Estado de São Paulo não participa do programa federal de proteção à testemunha.

Os deputados ventilaram a possibilidade de fazer um projeto de lei determinando a adesão de São Paulo a esse programa, que poderia ser precedida de uma audiência para discussão da questão e para aumentar a visibilidade do caso. Ao final da reunião, Ronei Martins agradeceu a "injeção de ânimo" recebida.

alesp