Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

Celso Berton: esculturas longilíneas que vão do expressionismo ao fantástico imaginário
11/04/2012 15:27 | Emanuel von Lauenstein Massarani

Compartilhar:

Celso Berton<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113327.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> corte 1<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113328.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113329.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As esculturas de Celso Berton, geralmente longilíneas, fixam o instante de um gesto forte e verdadeiro. Por sua postura, tratamento da matéria, impacto da atitude e cálculo das proporções elas traduzem o ímpeto da relação entre a criatura viva e seu espaço ambiental.



Reunindo a força da linguagem expressionista ao mistério imaginário da forma surrealista, o artista harmoniza tanto o drama quanto o sonho. Seus tipos caracteriais são personagens que vão do humano ao híbrido, do expressionismo ao fantástico delirante e traduzem o interior do artista com sua tendência à efusão panteísta que é justamente um dos traços característicos da escultura expressionista.



Sua experiência, na maioria em pequenos formatos, nos transmite a idéia do que seriam suas criações em tamanho natural. Elas testemunham um maior ascetismo na deformação longilínea e podem lembrar tanto a arte etrusca ou a longa obstinação de Giacometti.



A referência simbólica é bem evidente em suas peças: o artista enfrenta o universo do símbolo com a mesma impetuosidade que o mundo das forças elementares. Ele traduz o fantástico em termos naturais e o mistério das estruturas compostas se transforma no efeito mimético de suas próprias defesas.



Nas obras "Pajelança", prêmio Assembléia Legislativa no Salão Paulista de Belas Artes do ano 2000 e "O Equilibrista", Celso Berton não nega o fantástico, o aceita como um componente de vida, mas o integra à sua própria sensibilidade e ao mundo sensível da percepção.





O artista





Celso Berton, pseudônimo artístico de Celso Rogério Berton, nasceu em 1932, na cidade de São Paulo, onde vive até hoje. Pintor e escultor autodidata formou-se, posteriormente pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Integrou o Comitê Brasileiro da Associação Internacional de Artes Plásticas, Unesco (1972/73).



Participou de inúmeras exposições, entre elas na Associação Paulista de Belas Artes, SP (1959 a 1972); Jubileu de Prata da Associação Paulista de Belas Artes, SP (1967); Salão Paulista de Belas Artes (1961,1963, 1966, 1967, 1976, 1977, 198, 1979, 1980, 1981, 1983, 1984, 1985, 1987, 1988, 2000, 2002, 2003); Bienais Nacionais, SP ( 1972, 1976); Galeria do Carmo, Sesc (1973, 1974); Aliança Francesa, SP; Museu Nacional de Belas Artes, Santiago, Chile (1974); Exposição Primavera-Verão, Assembléia Legislativa, SP (1976); Sheraton Bal Harbour, Miami, EUA (1977); II Salão Nacional de Artes Plásticas Jean Batiste Debret, SP (1983); I Salão Oficial de Artes Plásticas da Cidade de São Paulo, SP (1988); The Internacional Garden and Greenery Exposition, Osaka, Japão (1990).



Ganhou vários premios e menções honrosas, como Prêmio Sparapani, da Associação Paulista de Belas Artes, medalha de bronze (1979); pequena medalha de prata(1983); grande medalha de prata no Salão Paulista de Belas Artes (2002); pequena medalha de ouro, II Salão Nacional Jean Baptiste Debret, SP (1983); 1º lugar em escultura, VII Mostra de Artes do Hospital Aeronáutica, SP (2001).



Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Brasil e no exterior, no Museu de Arte Contemporânea de Skopje, Iugoslávia, Museu Nacional de Belas Artes, Chile; Museu do Vaticano, Museu da Universidade Regional do Nordeste, Paraíba e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp