Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Lúcio Bittencourt


13/04/2012 09:30 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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O Pássaro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113438.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O Pássaro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113439.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lúcio Bittencourt<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113440.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A sensação espacial que se tem ao observar as obras de Lúcio Bittencourt está ligada a três reações psicológicas frente ao mundo exterior: a surpresa, a ansiedade e a vitalidade. Cada uma delas é uma fonte de intervenções tanto na forma quanto na superfície do material utilizado, constituído na sua maioria de chapas de aço e, naturalmente, o aproveitamento de sucata.

Foi nas obras de Boccioni que, no início do século 20, viu-se pela primeira vez a projeção de formas metálicas brutas, cortantes e agressivas. Hoje essas formas fazem parte do arsenal de alguns artistas brasileiros que, como Lúcio Bittencourt, utilizam a sucata numa concepção diferente da escultura tradicional.

Do ponto de vista visual, o denominador comum das obras desse artista chama a atenção pela grande diversidade criativa, que inclui, entretanto, uma presença maneirista e barroca.

Lúcio Bittencourt confere a sua obra equilíbrio e harmonia, seja nas esculturas menores, seja nas de grande porte, mas dando-lhes, em ambas, uma expressão simbólica. Se de um lado transforma em arte o que o mundo de hoje produz de poluição e de resíduos sólidos, de outro é um grito de alerta para o nosso amanhã.

O mundo criativo desse escultor retorna de maneira diversa à utilização do volume e da massa, incluindo figuração e ornamento, jogo e sonho, agressão e defesa. Mas o elemento novo em suas esculturas não está na dinâmica ou na modificação das formas, e sim na emoção.

Na obra O Pássaro, doada ao Museu da Escultura ao Ar Livre pela Associação dos Funcionários da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Afalesp), por ocasião do seu 60º aniversário de fundação, as tensões da obra apelam fortemente ao instinto do artista, que cultiva uma atitude de conscientização socioambiental.



O artista

Lucio Bittencourt nasceu em Mogi das Cruzes, em São Paulo, em 1953, Iniciou sua atividade artística ainda criança, trabalhando com raízes e madeiras, antes de descobrir a sucata como matéria-prima principal.

Desde 1979 participa de inúmeras mostras individuais e coletivas no Brasil, entre elas: Espaço Cultural do Teatro Paramount; Lúcio Bittencourt 10 anos de escultura, exposição ao ar livre na praça da Caixa Econômica Federal e no vale do Anhangabaú; Individual no Colégio São Luiz, São Paulo; Espaço de Arte São Paulo, Santos; Art Beton, SP (1996, 1997, 1998 e 2000); Clube Paineiras Morumbi, SP (1999, 2001 e 2003); Della Via, Rio de Janeiro; Museu de Jacareí, SP; Capitania das Artes, SP; Bienal do Alto Tietê, Suzano; 45 anos da Inal - Industria de Aços Laminados, Mogi das Cruzes, SP; "Tradição e Ruptura", Salão da Bienal de São Paulo; Casa da Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS; Instituto da Cultura Hispânica de Brasília; Instituto Nacional de Arquitetura, La Paz, Bolívia; Museu de Arte Brasileira de Campinas, SP; Museu de Arte da Caixa Econômica Federal, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de Goiânia, GO; Museu do Índio de Tupã, SP; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Salão de Arte Contemporânea de Santo André, SP e nos Salões de Artes do Embu, Ilha Bela, Matão, Taubaté, Angra dos Reis e Mairiporã, SP.

Participou de diversas exposições no exterior, com destaque no Padrão dos Descobrimentos, Lisboa; Arte Brasil 93, Coimbra; Primavera em Arte - coletiva na Galeria Capitólio, Porto; Expo Arte Luso-Brasileira, Galeão Galeria de Arte, Paredes, Lisboa, Portugal; Despertar da América Morena, Cuzco, Peru; Galeria Accroche-Moi e Universidade Lumière Lyon 2, Lyon, França; 3º Salão Internacional da Escultura Contemporânea de Paris; Hipódromo de Longchamp (Bois de Bologne) e no Espace Michel Simon, em Noisy le Grand, na França; Sala Brasil, Embaixada do Brasil, Costa Rica; Galeria Acaray, em Ciudad del Este, Paraguai; Instituto Nacional de Arquitetura, La Paz, Bolívia e World Trade Center Gallery, Amsterdã, Holanda.

Seus monumentos encontram-se em praças públicas no Brasil e exterior, entre eles: Portugal, Paris, Assis, Osasco, Mogi das Cruzes, Suzano, Jacareí, Rio Claro, Araçariguama, Ourinhos, Tatuí, Ribeirão Pires, Mato Grosso e no jardim das esculturas do Parque dos Lagos, em Jaguariúna.

De forma e dimensões diferentes seus trabalhos se encontram em museus, parques e praças públicas, empresas, hoteis, coleções particulares, no Brasil, no exterior e no Museu da Escultura ao Ar Livre nos jardins da Assembleia Legislativa.

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