Comitê de Apoio à Revolução do Povo Sírio reúne-se na Assembleia


24/04/2012 20:54 | Da Redação: Marisa Mello Fotos: Vera Massaro

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Clique para ver a imagem " alt="Carlos Giannazi: "É de fundamental importância que a Assembleia traga essa discussão para dentro da Casa" Clique para ver a imagem "> Reunião do Comitê de Apoio à Revolução do Povo Sírio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113816.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113817.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Integrante da comunidade síria <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113818.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião debate conflito na Síria<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2012/fg113820.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Integrantes da comunidade síria reuniram-se em um ato solene na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira, 23/4, por iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL). A finalidade do parlamentar e dos diversos representantes de entidades que, no Brasil, defendem a luta contra o ditador Bashar Al Assad (há 10 anos no poder), foi prestar solidariedade ao povo sírio " que luta por liberdade e democracia - e denunciar as barbaridades praticadas pelo regime político autoritário instaurado no país há mais de três décadas. Participaram do ato Mohamad El Kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo (Assisp) e representante do Comitê de Apoio à Revolução do Povo Sírio; Ehab Al Dairi, presidente rotativo da Oposição Síria no Brasil; Jamal El Bacha, presidente da União Nacional de Entidades Islâmicas, Soraia Misleh, representante do Movimento Palestina Para Todos (Mopat), o sheik Ramy Zamar; o deputado Adriano Diogo (PT); Pedro Fuentes, secretário de Formação Política do PSOL e representantes do PSTU e PT nos setorias interreligiosos.



Imagens da crise



Na abertura foram exibidos dois vídeos esclarecedores sobre a crise na Síria com flagrantes de violação a direitos humanos. A maioria dos manifestantes foi incisiva em insistir que o governo brasileiro promova sanções diplomáticas e comerciais contra aquele país. Pedro Fuentes disse que "todas as embaixadas presentes na Síria deveriam se retirar do país" numa forma de protesto aos atos de violência promovidos pelo governo sírio, e cobrou, assim como outros, o rompimento do governo brasileiro com a Síria. Al Dairi enfatizou o caráter libertário e pacífico do povo sírio e somou-se à ideia de que o Brasil "corte relações imediatamente com a Síria". Todos evidenciaram a omissão internacional no conflito e o coletivo propôs uma união parlamentar nas esferas paulista e nacional para um abaixo-assinado a ser enviado à presidência da República a fim de que se avance no repúdio ao massacre sírio.

"É de fundamental importância que a Assembleia traga essa discussão para dentro da Casa e pressione de todas as maneiras para que o genocídio e esse governo tirânico e assassino acabe", disse Giannazi, que recebeu apoio de El Kadri por "institucionalizar" o debate em torno do problema e dar apoio à revolução em curso. Para o deputado, a omissão mundial com relação aos acontecimentos da Síria causa "perplexidade".



O conflito



O conflito na Síria teve início em 26/1/11 com uma série de manifestações populares por mudanças no governo. Num primeiro momento a mobilização era social e midiática, por liberdade de imprensa e garantia dos direitos humanos. Hafez Al Assad ficou no poder por 30 anos e seu filho Bashar Al Assad tem se mantido no poder com mão de ferro há 10 anos. Os protestos começaram em frente ao Parlamento sírio e às embaixadas em Damasco.

Os protestos foram reprimidos pelas autoridades sírias com violência e após a morte de mais de 80 rebeldes sírios, a União Europeia classificou a situação do país como intolerável e solicitou que reformas ocorram na Síria. O resultado da repressão resultou em centenas de mortes de civis. Muitos militares se recusaram a obedecer ordens e sofreram represálias. No fim de 2011, soldados desertores e civis formaram o chamado Exército Livre Sírio e os combates se intensificaram. Segundo ativistas de direitos humanos, o número de mortos no levante popular passa de 11 mil e o de pessoas detidas pelo governo de 100 mil.

alesp