Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

Virginio Rios reúne ingenuidade e criatividade típicas do artista-artesão do interior de Minas Gerais
04/05/2012 18:08 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Virginio Rios em seu ateliê <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114024.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Thiago Tomaz, Massarani e Cristiano<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114025.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cartaz da mostra<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114026.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Visão panorâmica da exposição Entalhes, no espaço Cândido Portinari <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114027.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com a presença de Thiago Tomaz, superintendente de Artesanato e representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, foi inaugurada, no dia 2/5, no Espaço Cultural Candido Portinari a exposição de esculturas do artista mineiro Virginio Rios.

A presente mostra intitulada Entalhes, que permanecerá aberta até 12/5, segundo Thiago Tomaz marca o inicio de um intercâmbio com o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo que prevê em futuro próximo uma exposição de arte sacra mineira.

A mostra reúne 22 obras do escultor nascido no Distrito de Glória, distante 22 Km de Cataguases, no interior de Minas Gerais. Ali realizou seu curso primário e na cidade iniciou seus estudos ginasiais que interrompeu para se tornar comerciário.

Conforme detalha a pesquisadora Luciana Carvalho: "Virginio Rios conheceu aí a herança das antigas fazendas de café, da aristocracia cafeeira, a festa da apanha de café. Conheceu também os modos de vida dos descendentes de escravos e dos caboclos ocupados nas plantações de milho, feijão, cana, arroz na produção de fumo e açúcar. Não tinha, porém, até a juventude nenhum interesse especial pelas tradições do lugar; convivia com elas na medida em que faziam parte de seu cotidiano".

Em depoimento dado recentemente, o artista-artesão afirma com convicção: "Eu achei que tinha uma veia de artesão. Comecei então a observar peças de madeira, restos de madeira. Fazia um artesanato de observação: peças utilitárias, decorativas e sacras. Mas, no início, foi mais por uma questão de circunstância. Eu resolvi sair da cidade. Resolvi ficar aqui em Glória. Descobri no artesanato uma fonte de inspiração e ao mesmo tempo de renda. Passei a fazer a transformação da madeira, um tipo de arte ingênua, uma arte sem definição".

Desde então Virginio Rios voltou a viver no distrito que o viu nascer onde busca incrementar a cultura local, visitando os moradores mais antigos, ouvindo suas histórias, estimulando a apresentação de grupos de dança e foliões.

Em sua homenagem, o Museu de Folclore Edison Carneiro, do Ministério da Cultura, editou um catalogo especial da grande exposição realizada no Rio de Janeiro, sobre sua obra.

alesp