Delegado Geral da Polícia Civil fala à Comissão de Segurança


09/05/2012 20:55 | Da redação Mariza Paulicek - FOTO: José Antonio Teixeira

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Marcos Carneiro e Adilson Rossi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114146.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da comissão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114147.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Hilkias de Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114148.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Presidida pelo deputado Adilson Rossi (PSB), a Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários recebeu na tarde desta quarta-feira, 9/5, o delegado geral da Polícia Civil do Estado, Marcos Carneiro Lima, que apresentou suas qualificações, assim como as atividades de sua gestão.

Filho de comerciantes, o advogado entrou para a polícia mediante concurso e iniciou sua carreira no bairro de Capão Redondo, em 1990. Ali aprendeu que a realidade muitas vezes não chega à mídia e que nossa visão pode ser preconceituosa, pois, um homicídio nos Jardins vira notícia, e no Capão Redondo adjacências ganha o silêncio.

Sobre o alto índice de assaltos no Morumbi, o delegado afirmou que "onde existe miséria e milionários, essa violência acaba acontecendo".

Posicionou-se de forma veemente contra qualquer diferença que exista entre as polícias Militar e Civil. Entende que são ambas polícias, com diferentes áreas de atuação, mas sempre atuando em conjunto. "Aos policiais militares cabe o policiamento ostensivo, segurança e repressão, e aos civis, a investigação. Lima entende que a designação atual das polícias deveria mudar. A polícia militar passaria a ser Polícia Estadual e a civil Polícia Judiciária, retratando assim exatamente suas funções.



Ações efetivas



Em sua gestão, Lima extinguiu a escolta do delegado geral, devolvendo os 25 policiais que a faziam às suas funções de origem. Implantou horário fixo de trabalho com três turnos, perfazendo 40 horas semanais, com absoluta proibição de funcionários "fantasmas".

Implantou a delegacia eletrônica para maior comodidade aos cidadãos e realocou funcionários que estavam no mesmo local e posição por anos, o que permitiu movimento e dinâmica para o policial e impediu formação de feudos.

Extinguiu a Delegacia Especial de Crimes de Trânsito, dando maior agilidade no atendimento à população em delegacias próximas. As delegacias especiais devem atender apenas casos de homicídios, narcóticos, crime organizado, além das delegacias da mulher, infância e juventude, e idosos. Lima sugeriu a criação de uma delegacia especial de combate à pedofilia.



Plano de carreira policial



Sobre o plano de carreiras, Lima disse que atualmente existe uma profusão de cargos e funções, quando, na verdade, deveriam ser somente três: delegado, perito e agente policial. Todavia para que a mudança seja mais confortável apresentou aos técnicos, que estudam uma reestruturação, sete tipos de carreiras na Polícia Civil. Defendeu a realização de concursos anuais para suprir as demandas, e que esses sejam feitos por entidades como Vunesp, Fuvest etc.

O deputado Olimpio Gomes (PDT) ressaltou que, após a explanação do delegado Lima, cabe à Assembleia tomar várias atitudes para enfrentamento dos problemas que assolam as polícias do Estado, que vão desde a falta de estrutura à falta de recursos humanos.

Presentes à reunião os deputados Itamar Borges (PMDB), Marcos Neves (PSB), Marco Aurélio de Souza (PT), Ed Thomas (PSB), Jooji Hato (PMDB), Adriano Diogo (PT), José Bittencourt (PSD), Edson Ferrarini (PTB) e a deputada Ana do Carmo (PT).

alesp