Nesta quarta-feira, 9/5, no auditório Franco Montoro, foi realizada a 5ª Convenção Paulista de Solidariedade a Cuba e lançada a Frente Parlamentar de Solidariedade a Cuba. O evento, promovido e coordenado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Adriano Diogo (PT), contou com a participação do deputado Simão Pedro (PT), do cônsul-geral de Cuba em São Paulo, Lázaro Mendez, de Pedro Paulo Bocca e Vivian Mendes, do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba, representantes diplomáticos da Venezuela, do PCdoB, de associações e sindicatos que apoiam a causa.

De acordo com Adriano Diogo, um dos principais motivos da criação da frente é denunciar a prisão, há 13 anos, de cidadãos cubanos nos Estados Unidos, "condenados injustamente por terrorismo". Pedro Paulo Bocca esclareceu que o episódio foi relatado com detalhes no livro Os últimos soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais, e informou que existe uma campanha internacional pela libertação destes cubanos. "Queremos o fim do bloqueio econômico à ilha e o fim da base militar de Guantanamo, com a devolução do território da base americana a Cuba", acrescentou Pedro Paulo. "O bloqueio a Cuba há 50 anos nos traz prejuízos que hoje chegam a bilhões de dólares. Os EUA não só não mantêm relações comerciais conosco como impedem que outros países o façam, sob pena de receberem retaliações do governo norte-americano. Além do bloqueio financeiro sofremos bloqueio de grande parte da mídia, que oculta a realidade sobre nosso país.

Não falem bem de nós; falem apenas a verdade", declarou o cônsul cubano, que classificou o bloqueio a Cuba como "genocida". Todos os componentes da mesa de trabalhos manifestaram a importância da criação da frente parlamentar para o desenvolvimento de ações de solidariedade à ilha.