Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

Fernanda Pasini: linguagem poética da memória transmite sua paixão lírica e instintiva
14/05/2012 15:24 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Fernanda Pasini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114267.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114268.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As pinturas de Fernanda Pasini representam " segundo o crítico Matteo Vasciarelli - um mundo revisitado através de uma refinada e sensível fantasia. Com uma gestualidade criativa parece se exprimir com um fazer divisionístico, que modela e plasma formas dinâmicas decompostas numa geometria plástica, reavivada de fragmentos da natureza e de objetos de um cotidiano analisado por uma natureza artística meditativa e romântica, prazerosa e humilde.

Nas obras dessa artista italiana, a elaboração figurativa é sustentada pela necessidade de dar movimento às situações enfocadas e, ao mesmo tempo, pela tendência de geometrizar o mundo das figuras e dos personagens. O resultado é um jogo interessante de imagens dentro de uma dinâmica cubo-futurista tão próxima da obra do grande pintor William Tode.

O tema "realismo" deve ser entendido na sua acepção mais autêntica de adesão aos significados reais da relação com o ambiente; não do realismo formal, mas da necessidade de se colocar em contato com o núcleo significativo da realidade e de alcançar a autenticidade nativa das coisas e dos sentimentos.

As formas e os significados estéticos promovem assim uma ordem, se fundem a uma espontânea e cuidadosa pesquisa de valores da composição, nos quais, juntamente aos momentos em que vivemos, são simbolizados os processos de uma expressão sensível e pura, bem como de um cromatismo proveniente do seu interior.

Na xilogravura Tristano e Isotta: idilio d"amore (Tristão e Isolda: idílio de amor), doada pela senhora Livia Bucci ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Fernanda Pasini consegue concentrar em sua obra uma paixão lírica e instintiva, através de uma linguagem poética da memória, que traz sobre a cena o amor da própria inspiração participativa além das imagens do antigo drama da condição humana, revelado majestosamente por Wagner em sua ópera "Tristão e Isolda".



A artista

Fernanda Pasini nasceu em Pavullo, nel Frignano (Modena), mas ainda criança mudou-se com a família para Bolonha, onde estudou e teve a oportunidade de frequentar junto ao Museu Antoniano artistas da importância do escultor Cleto Tomba e do pintor Ceregato.

A partir do ano de 2001 frequenta o ateliê de Rômulo Fontana e desde 2003 recebe a orientação de Ermanno Vanni em seu ateliê de Maranello

(Mo).

Ao encontrar em 2004 o pintor, crítico e músico William Tode teve a oportunidade de participar da mostra de arte moderna "Os animais e o sagrado no antigo Egito", Villa Pojana de Pojana Maggiore, em colaboração com o Museu Egípcio de Turim e a mostra "A Bienal e as Artes da Itália", realizada no Palácio Real de Caserta.

A convite de Carlo Roberto Sciascia participa da manifestação "Uma escultura para Atina, artistas em confronto à revolução do século XX" (2005).

Participou ainda das seguintes exposições: Centro de Artístico de Arezzo, e Associação Cultural Stoa em Latina (2005); Maranello Palace, Modena, Galeria de Arte Tiziano, Conegliano Veneto, Galeria de Arte Villa Barbarico (2006); Galeria Carbonari, Cezena, 17ª Bienal de pintura de Soliera (2007); 7ª Bienal Internacional de Arte Moderna, Roma; Atelier de Arte Roberta Braceschi, Piacenza; Arte Parma; Port Palace Hotel, Montecarlo, Principado de Mônaco; Galeria Agostiniana, Roma (2008).

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais na Itália e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp