Na manhã de 18/5, o presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz, e outras autoridades foram agraciados com a medalha Cadete Ruytemberg Rocha, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na capital paulista. Munhoz dedicou a homenagem recebida aos outros 93 deputados que integram a Assembleia, que considerou mais merecedores do que ele próprio. Ele lembrou que na Assembleia há 16 partidos e grande diversidade de ideias, por isso é muito difícil haver unanimidade de opiniões sobre um determinado assunto. Entretanto, uma unanimidade entre os 94 deputados paulistas, segundo Munhoz, é o sentimento que eles têm pela Polícia Militar do Estado de São Paulo: "respeito, admiração e consideração". E acrescentou: "é em nome do Parlamento paulista que recebo, com muita humildade, essa homenagem prestada pelo núcleo Cadete Ruytemberg Rocha". Munhoz reverenciou o combatente constitucionalista que nomeia a medalha, lembrando que seu pai também foi combatente e assim Munhoz aprendeu a cultuar o espírito de 32. Além disso, o presidente da Assembleia frequentou a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, à qual também pertenceram os heróis da Revolução de 32: Martins, Drauzio, Miragaia e Camargo. "Eles ofereceram a própria vida em defesa da causa constitucionalista", observou Munhoz que, na época em que era prefeito de Itapira, a Revolução era comemorada na cidade. Munhoz agradeceu "por vivermos num país democrático, onde não se dão mais essas disputas que contrapõem irmãos, e assim podemos seguir com a esperança de um futuro melhor". Academia e medalha Neste ano a Academia do Barro Branco comemora 80 anos da Revolução Constitucionalista de 32, conflito no qual os paulistas defendiam a convocação de assembleia nacional constituinte para edição de uma nova carta magna, conforme lembrou o comandante da Academia, coronel PM José Maurício Weisshaupt. Na época, os cadetes foram designados para diferentes frentes de luta no Estado de São Paulo. Em uma dessas frentes pereceu o cadete Ruytemberg Rocha, que integrava o Batalhão de Voluntários Marcílio Franco. Sua missão foi defender as trincheiras ao redor da cidade de Buri, no interior. "Militar dedicado, comandou com maestria seus homens", destacou o coronel PM. Segundo ele, já em seu primeiro combate o cadete foi abatido com um tiro na cabeça.