Deputados recebem João Sayad para ouvir explicações sobre a reestruturação da TV Cultura

Espaço cedido à TV Folha é um dos pontos da discussão
30/05/2012 18:29 | Da redação FOTO Mauricio Garcia de Souza

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Beto Tricoli, Simão Pedro, João Sayad, João Paulo Rillo, Leci Brandão e Carlos Giannazi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114734.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jose Augusto Camargo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114735.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> auditório<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2012/fg114736.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em reunião informal mediada pelo deputado Simão Pedro (PT), com a presença de diversas entidades ligadas aos meios de comunicação, o diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta " Centro Paulista de Rádio e TV Educativas, João Sayad, apresentou a reestruturação administrativa da TV Cultura e expôs as razões que motivaram a cessão de espaço para programas da TV Folha.

João Sayad, na sua explanação, apresentou primeiramente a grade de programação da TV Cultura, sua renovação com a preocupação da qualidade e falou também sobre o novo programa da grade infantil, que deverá estrear em 2013. Esse programa, com o nome de Pedro e Bianca, é uma produção da TV Cultura com a direção de Cao Hamburguer.

Na área jornalística, considerou que a missão de uma tevê pública é oferecer diversidade e tolerância com as divergências. Devido a esse objetivo, afirma Sayad, "o Jornal da Cultura apresenta sempre notícias com a participação de dois visitantes de orientação ideológica diferente, enriquecendo o debate."



Audiência

A TV Cultura ocupa hoje, de acordo com as pesquisas, o quinto lugar na audiência dos canais abertos. Na questão trabalhista, Sayad afirmou que houve equívocos na administração e que, até o momento, resolveu a maioria das pendências judiciais. No referente às demissões, disse terem sido necessárias: "Hoje, a TV Cultura aumentou em 20% as horas de produção interna com 30% menos funcionários, isso é eficiência."

Quanto ao espaço cedido à Folha de São Paulo " TV Folha " defendeu sua posição, dizendo ter convidado os dois maiores meios de comunicação do país, Folha e Estado de S. Paulo, com orientações diferentes, e que o espaço do Estadão está em processo de produção.

O deputado Carlos Giannazi (PSOL) questionou a terceirização dos serviços, o que considerou um "desmonte" da tevê. Sayad afirmou que os serviços terceirizados foram somente os de portaria e jardinagem, e que a redução de pessoal fez adequar as despesas às receitas.

João Paulo Rillo (PT) afirmou não concordar com a cessão de espaço para a TV Folha, considerando-a equivocada. Discordou também da preocupação com a audiência, que, no seu entender, não deve ser prioridade de uma tevê pública.

Leci Brandão (PCdoB) afirmou que a busca por audiência está acabando com a cultura no Brasil. "Somente os piores ganham: pior música, pior apresentador, pior programa etc."

Beto Trícoli (PV) cumprimentou Sayad pelo momento de sua gestão, ao qual chamou de "constatação da democracia".

Estiveram presentes o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, José Augusto Camargo; João Barnti, da Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social; Renata Bielli, do Centro de Estudos Barão de Itararé, e os deputados Sebastião Santos (PRB) e Edson Ferrarini (PTB), além dos citados.

alesp