Caso de angolana assassinada pode ser tema de audiência pública

Comissão de Direitos Humanos terá de aprovar requerimento
05/06/2012 21:12 | Da Redação: Monica Ferrero - Fotos: Roberto Navarro

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Audiência pública poderá debater caso de angolana assassinada<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg114902.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg114903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os fatos que levaram ao crime que resultou na morte da estudante angolana Zulmira de Souza Borges Cardoso e ferimentos graves em outros quatro imigrantes angolanos que comemoravam um aniversário num bar no Brás, em São Paulo, na noite de 22/5, poderão ser discutidos em uma audiência pública. Este é o teor de requerimento apresentado pelo deputado Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais.

Os criminosos, que ainda não foram identificados, minutos antes haviam ofendido os angolanos com frases de cunho racista. Para embasar mais seu pedido, foi exibido trecho de noticiário do canal Televisão Pública de Angola (TPA), mostrando a repercussão do caso e a dor e revolta da família de Zulmira, que fazia mestrado na área de engenharia na Uninove.

Diogo quer debater também na futura audiência pública outros casos registrados de morte de africanos no Brasil. O parlamentar informou que fará gestões junto à Secretaria de Segurança Pública e ao delegado-geral de Polícia para que a investigação do caso tenha andamento, pois sequer foram requisitadas fitas de segurança de prédios perto do bar e nem ouvidas as testemunhas do crime.

Como o crime envolveu estrangeiros, Adriano Diogo pensa em levar o caso à esfera federal, através dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, para que a Polícia Federal assuma as investigações. "Os estudantes angolanos estão indignados e assustados com o caso", afirmou Diogo a deputados da Comissão de Direitos Humanos.

alesp