A CPI que investiga supostas irregularidades praticadas em clínicas especializadas de reprodução assistida, presidida pelo deputado Carlão Pignatari (PSDB), ouviu na manhã desta quinta-feira, 14/6, a representante do Conselho Regional de Medicina (CRM) Ieda Therezinha Verreschi e a médica fiscal Izaura Cristina sobre a situação atual das clínicas no Estado. Na reunião, que contou com a participação nos debates dos deputados João Antonio (PT), Ulysses Tassinari (PV) e Célia Leão (PSDB), a conselheira informou que não há uma obrigatoriedade de registro das clínicas de reprodução junto à Vigilância Sanitária e ao CRM, o que dificulta fornecer o número exato de instituições que praticam essa especialidade. Quanto à fiscalização sobre os procedimentos técnicos utilizados, Iara informou que o conselho elaborou uma planilha para servir de roteiro piloto para os fiscais. A planilha está sendo testada pelo órgão em parceria com a Vigilância Sanitária e o Ministério Público e, se aprovada, deverá se tornar um padrão. A médica informou ainda que é necessário aprimorar a fiscalização e instituir o cadastramento obrigatório das clínicas, e que a CPI poderá auxiliar nestes aspectos. Quanto a informações sobre o médico Roger Abdelmassih, processado por crime sexual e por ilegalidades como inseminação com a escolha do sexo do bebê e troca de óvulos entre suas pacientes, inclusive com o desconhecimento delas, a representante do CRM informou que irá remeter à CPI os dados existentes, juntamente com as informações pedidas pelos parlamentares sobre denúncias que chegaram ao conselho. Os parlamentares solicitaram também cópia da planilha piloto e deliberam pelo convite à diretoria do Centro de Vigilância Sanitária e ao presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana para que compareçam à próxima reunião da CPI, com o objetivo de auxiliar nos trabalhos da comissão. (PM)