Museu de Arte - Carlos Araújo


19/06/2012 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Clique para ver a imagem " alt=" Tríptico Genesis "O Sexto Dia" Clique para ver a imagem "> Estudo Bíblico <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115460.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vaz de Lima, Carlos Araújo e Emanuel von Lauenstein Massarani<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115461.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Parlamento Europeu em Bruxelas expõe em setembro obras da Bíblia de Carlos Araújo



Após expor durante o Ano Paulino na Basílica Papal de São Paulo além dos Muros em Roma a convite do Cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, o artista Carlos Araújo acaba de ser convidado pelo Parlamento Europeu em Bruxelas para expor de 3 a 13 de setembro próximo obras de sua Bíblia além de um grande triptico de 18 metros por 2 metros de altura intitulado "Gênese - O sexto dia" especialmente pintado para a ocasião.



O artista cuja obra "Estudo para uma figura Bíblica" foi doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e encontra-se na Bíblia doada ao Papa Bento XVI em 2008 por ocasião de sua visita ao Brasil, teve o convite para expor em Bruxelas graças a gestões da Senhora Livia Bucci, representante no Brasil das Bienais Internacionais de Arte de Florença e de Roma.





Um artista muito além de sua obra





As obras de Carlos Araújo não se concluem onde termina a pintura, elas continuam. Elas parecem ter nascido antes de serem pintadas. É justo, pois, que vivam também além da superfície estrutural. Um sopro espiritual e etéreo envolve suas criações. Trata-se de um sopro que inefávelmente continua muito além.



Ao observarmos sua pintura não nos perguntamos o que é, mas quem é seu autor. Carlos Araújo é um artista além de sua obra. Seu trabalho não é tão somente para ser visto. Não pode ser julgado como o olhamos ou como se julga uma pintura nascida diretamente do olhar, da pincelada, da cor, das relações dos tons. Cada uma de suas obras nasce como nascem os mundos. Cada obra é um mundo à parte. Podemos julgar o mundo?



Seu discurso possui um grande impulso criativo que se adequa à natureza onde o sentimento permanece aquém da emoção. O movimento emotivo precede a interpretação, domina a escolha do tema, seleciona os dados que permeiam a esfera da congenialidade à sua sensibilidade artística.



Uma visão sobrenatural com diversas dimensões



Inspirando-se na técnica do "glacis", através da aplicação e superposição de uma série de camadas de cores finas, Carlos Araújo consegue um cromatismo extremamente sutil e vibrante. E, como resultado, alcança uma visão sobrenatural com diversas dimensões e profundidades.



Frente a suas telas nasce uma nova relação que é, antes de tudo, uma segurança interior das motivações a serem alcançadas. Os seus temas bíblicos são escolhidos com profunda e religiosa pesquisa, o que revela como a expressão pictórica, tem na base a inspiração Divina.



Na obra "Estudo para uma figura biblica", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a imagem constitui um relato expressivo e representação vigorosa das passagens mais representativas das Sagradas Escrituras. Não há duvida que o espírito criativo e a grandeza da obra fazem de Carlos Araújo, o Michelangelo do novo Milênio.



O Artista



Carlos Araújo, pseudônimo artístico de Carlos Alberto de Araújo Filho, nasceu em São Paulo em 1950. Formou-se em engenharia pela Universidade Mackenzie de São Paulo (1975).



Autodidata, começou seus primeiros estudos de pintura com o painel "Alegoria para o carnaval" (1963). Em 1973 foi convidado a participar da exposição "Imagens do Brasil", em Bruxelas com a obra "O próximo passo", executada dez anos antes. Sua primeira exposição individual foi realizada em 1974 no Museu de Arte de São Paulo. Em 1979, criou o painel intitulado "Independecia" para a exposição "5 séculos de arte no Brasil", realizada no MASP. Naquele mesmo ano, no mesmo Museu apresenta uma exposição com temática matafísica em grandes painéis incluindo "O ultimos dos Tapuias", "O centauro de Bourdelle brincando com a morte" e "Sonhos de São Jorge".



Por ocasião da beatificação do Padre José de Anchieta, sua obra "Anunciação" foi doada pelo governo de São Paulo à Sua Santidade o Papa João Paulo II. Desde 1980 a obra encontra-se nos Museus do Vaticano. Desde 1994 inicia o projeto de ilustração em grandes painéis e litografias para a edição completa da Biblia Sagrada. Cenas dessa obra são apresentadas no ano 2000 na Praxis International Art, em Nova York.



Possui obras em inúmeras coleções particulares na França, Estados Unidos, Itália, Brasil, no Museu de Arte de São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp