Parlamentares e profissionais da música debatem o Música nas Escolas

A legislação, que precisa ser implantada ainda esse ano, não prevê como suprir a falta de professores de música nas escolas
20/06/2012 21:03 | Da Redação Fotógrafo: Roberto Navarro

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Leci Brandão, João Paulo Rillo e Carlos Giannazi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115534.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ana Guedes, do sindicato dos músicos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115533.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Comissão de Educação e Cultura debate o Projeto Música nas Escolas <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115532.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paulo Santana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115535.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mário Ficarelli, maestro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115536.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Eni Parrijo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115537.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Programa Música nas Escolas em debate na Assembleia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115538.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115539.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com a presença de diversos profissionais da música, como o compositor e maestro Mário Ficarelli, e representantes de projetos educacionais e do Sindicato dos Músicos Profissionais Independentes, a Comissão de Educação e Cultura debateu nesta quarta-feira, 20/6, o Projeto Música nas Escolas.

Presidida extraordinariamente pela deputada Leci Brandão (PCdoB), a CEC ouviu os apelos da classe para a importância e urgência de ampliar os debates sobre a forma como a legislação federal 11768, sancionada em 2008 pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, será implantada. A medida previa período de adaptação de três anos para ser implantada, prazo que encerra esse ano.

Para os participantes, o ensino da música, além de contribuir e acrescentar para a formação cultural e histórica dos alunos, cria cidadãos mais conscientes. Devido à extinção do ensino musical nas escolas, ocorrido há 41 anos, existem poucos profissionais com licenciatura em música aposentados. "Esse universo é muito pequeno, comparado ao dos músicos que fizeram cursos diversos (como economia, administração e outros) e depois se dedicaram à música", comentou o presidente do Sindicato dos Músicos Independentes, Paulo Santana.

A questão é considerada gravíssima, tanto que o maestro e compositor Mário Ficarelli, há 60 anos profissional da música, enfatizou que é impossível uma pessoa aprender em 30 horas como lecionar a atividade nas escolas. "Ninguém aprende em tão pouco tempo como aprender a ensinar música. Há 60 anos na profissão, ainda estou aprendendo", ressaltou o maestro, que lamentou a aceitação de certificados com 30, 60 ou 80 horas de duração de como dar aulas de música.

Conforme Ana Guedes, também do sindicato dos músicos, o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, se mostrou um profissional acessível e solidário. "A implantação do Projeto Música nas Escolas requer coragem, agilidade e vontade, sobretudo política." A doutora em Educação Enny Parejo apresentou parte do projeto sobre Polos Orquestrais Musissinphos, de iniciativa do amestro Ficarelli e voltado para crianças e adolescentes dos ensinos fundamental e médio. A iniciativa teve como base uma experiência adotada na Venezuela há 35 anos.



Como fazer?



Para Lúcia Mara Mandel, representante da Secretaria da Educação, o projeto apresentado na secretaria está mais voltado para uma política de Estado, mas a secretaria tem limitações que a impede de implantá-lo da forma apresentada. "Precisamos entrar em acordo com o Conselho Estadual de Educação, que pode estender o programa para as escolas municipais", informou a coordenadora pedagógica.

Tanto Paulo Santana, quanto o maestro Mário Ficarelli insistiram na qualidade profissional dos professores e das sérias dificuldades de encontrar profissionais capacitados. "As universidade demorarão 50 anos para formar número razoável de profissionais. Esse problema, de ordem federal, precisa ser solucionado com urgência. Temos que partir para a ação", ratificou Santana.

alesp