Cidadãos de Taubaté reclamam do aumento da criminalidade

Audiência Pública Orçamento 2013 - Taubaté
25/06/2012 19:14 | Marisa Mello - FOTO: Vera Massaro

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Aylton Barbosa Figueira, Luiz Claudio Marcolino, Mauro Bragato, Vitor Sapienza, Afonso Lobato e Luiz Gonzaga Soares<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115648.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Aylton Barbosa Figueira, Luiz Claudio Marcolino Vitor Sapienza, Afonso Lobato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115649.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Marco Aurelio Souza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115650.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luiz Claudio Marcolino e Mauro Bragato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115651.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Afonso Lobato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115652.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115654.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Ribeiro <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115655.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Otavio Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115676.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mauricio Moromizato <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115677.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Graça Oliveira <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115678.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Elizabeth da Mota <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115679.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em audiência da CFOP, a principal demanda foi por melhoria na segurança pública



"Queremos construir cada vez mais um Orçamento próximo da população". Com esta afirmação, o vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, Luiz Cláudio Marcolino (PT), abriu a audiência pública nesta segunda-feira, 25/6, na Câmara de Taubaté, para debater o Orçamento estadual 2013 com a população da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. O presidente da Câmara de Taubaté, Luiz Soares, compôs a mesa ao lado dos deputados da região Afonso Lobato (PV) e Marco Aurélio (PT), além de Vitor Sapienza (PPS), membro da comissão, e Ailton Barbosa, representante da Secretaria de Planejamento. No segundo bloco, o deputado Mauro Bragato (PSDB), presidente da CFOP, assumiu os trabalhos.

Lobato destacou a importância de a discussão do Orçamento passar a incluir a regionalização. "Nesta região temos problemas crônicos no atendimento de saúde e é preciso regularizar o custeio das santas casas", disse Lobato lembrando que as clínicas de recuperação de usuários de drogas também necessitam de recursos. Indicou ainda investimentos na segurança pública e na construção de casa abrigo para mulheres vítimas de violência.

Para Marco Aurélio, a participação da população é fundamental porque a persistência traz resultados, ainda que demorados. "O Orçamento regionalizado já foi um avanço", declarou Marco Aurélio afirmando que a Região Metropolitana do Vale do Paraíba merece atenção especial do governo do Estado.

A importância das regiões e aglomerados urbanos se faz sentir por meio das audiências públicas. Fica claro que os problemas do Estado são regionais. "Vejo com satisfação que a conscientização da população acerca da relevância dos debates tem aumentado", afirmou Sapienza.

Bragato disse que a idéia de uma audiência pública é ouvir bastante de forma a evitar erros na aplicação do dinheiro público. O deputado ressalvou que os orçamentos públicos têm investimentos limitados e, portanto, é importante ouvir os cidadãos. Entretanto, "sentimos sim a ausência de gestores públicos, como os integrantes do Codivap".



Insegurança que preocupa



A maioria dos cidadãos de Taubaté que usaram da palavra, o fizeram para reclamar da falta de segurança no município, onde o índice de criminalidade cresceu muito recentemente. Salvador Soares sugeriu a localização dos presos em suas cidades de origem, de forma que regiões como o Vale do Paraíba não tenham que abrigar os presos de todo o Estado e arcar com os resultados dessa concentração de presídios. Jeferson Cabral protestou contra o aumento do número de homicídios na cidade e sobretudo contra a execução de policiais. Isac do Carmo lamentou o alto índice de violência em Taubaté.

A vereadora Graça Oliveira também enfocou a segurança pública. Seis novos presídios trouxeram para a região mais de 6 mil presos e nenhuma compensação financeira foi dada por isso. O índice alto de criminalidade está ligado diretamente ao tráfico de drogas, esclareceu a vereadora.



Outras sugestões



Vereador Digão disse que Taubaté não pode abrir mão do COI, comando operacional integrado. Para os 31 mil idosos da cidade sugeriu a criação de hospital geriátrico.

Elisabete da Mota, servidora pública de São José dos Campos, reclamou do estado de abandono da rodovia SP-50, de ligação a São Francisco Xavier e ao sul de Minas. Valéria Montoni, funcionária da Saúde estadual, pediu recursos para santas casas, atendimento a usuários e a pacientes psiquiátricos.

Maria Aparecida Leal, da Apampesp, em nome da entidade reclamou das políticas públicas e da falta de reconhecimento dos professores aposentados por parte do governo do Estado. Solicitou revisão salarial na data-base, contrapartida do Estado no financiamento do Iamspe e pagamento dos precatórios.



Cidades do Vale



Vereador de Caçapava, Arnaldo Neto pleiteou recuperação da rodovia Amaral Gurgel, SP 103, que liga seu município a Jambeiro, passando por vários bairros, e mais policiamento para Caçapava, além de providências para a desativação de uma cadeia no centro da cidade.

Otávio Lima, da Associação de Funcionários do Itesp, pediu verbas para assentamento em terras do Vale. Já Carlos Ribeiro reivindicou recuperação das estradas que fazem parte do caminho da fé, em Pindamonhangaba, além das ligações Pinda-Lagoinha e Moreira Cesar-Potim. Para aliviar os problemas de segurança pública, solicitou mais um batalhão de polícia em Pindamonhangaba.

Eduardo Cogempa, de Moreira Cesar, reclamou da falta de delegacia, de unidade de bombeiros e de usina de reciclagem de entulhos e pediu providências. Ele ainda pleiteou apoio à agricultura familiar.



Um olhar para Ubatuba



O município do Litoral Norte foi bem representado na audiência. Maurício Moromizato lembrou que as comunidades quilombolas de Ubatuba precisam ter estradas com acesso melhorado. Atendimento médico especializado para a cidade, posto policial para o bairro de Maranduba e duplicação da Tamoios até Ubatuba foram outras demandas trazidas por Moromizato. Compensação ambiental também se faz necessária porque o município tem 80% de seu terreno em área de proteção.

Gerson Florindo priorizou a regularização fundiária no município, com justiça social, incluindo os parques e o píer do Saco da Ribeira, onde dezenas de pescadores precisam trabalhar. O vereador Ricardo propôs instalação de mais píeres para pesca e incentivos aos esportes náuticos.

A próxima reunião da CFOP acontece no dia 28/6, às 18h, na Câmara de Jundiaí.



Berço de Monteiro Lobato



Taubaté é o segundo maior polo industrial e comercial da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Terra natal do escritor Monteiro Lobato, é denominada Capital Nacional da Literatura Infantil. O município teve papel importante na evolução histórica e econômica do país. No ciclo do ouro, foi núcleo irradiador de bandeirismo entre 1690 e 1715. Adonatária da região, Condessa de Vimieiro, neta e herdeira de Martim Afonso de Sousa, enviou o bandeirante Jacques Félix que, em 1628, recebeu concessões de terras. Em 1639, vieram ordens para construção da igreja matriz, casa para o conselho, cadeia pública, arruamento, engenho de cana-de-açúcar e concessão de terras às famílias trazidas pelo fundador. Antes de sua fundação como vila, havia no centro de Taubaté uma tribo de índios guaianás denominada tabaybaté (daí o nome do município).

Durante o ciclo do café no Vale do Paraíba, destacou-se como o município de maior produção na zona paulista, sediando o Convênio de Taubaté em 1906. A cafeicultura teve início em meados do século 18. Em 1842, devido ao seu tamanho e a sua importância na região, Taubaté recebeu do barão de Monte Alegre o título de cidade.

O fim do ciclo do café, a mão de obra barata e a fácil comunicação com Rio de Janeiro e São Paulo levou Taubaté a se industrializar, contando com a Estrada de Ferro Dom Pedro 2º e a Rodovia Presidente Dutra, que passavam pela cidade. Posteriormente, a eclosão das duas guerras mundiais e a consequente demanda de exportação do país alavancaram a produção industrial do município. A partir da década de 1970, a cidade passou a atrair muitas indústrias, com destaque para o ramo automobilístico.

Para criar relações e mecanismos protocolares, essencialmente econômicos e culturais, cidades de áreas geográficas ou políticas distintas estabelecem laços de cooperação. Taubaté possui duas cidades-irmãs: Yonezawa (Japãp) e Wolfsburg (Alemanha). A cidade abriga diversos museus como o de Imigração Italiana, o Mazzaropi, o Monteiro Lobato, o de História Nacional etc.

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