Museu de Arte do Parlamento de São Paulo


26/06/2012 15:23 | Emanuel von Lauenstein Massarani

Compartilhar:

Auto Retrato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115707.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Patio Do Colegio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2012/fg115708.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Innocêncio Borghese: os caminhos inéditos de

um pintor esquecido no Espaço V Centenário





O Espaço Cultural V Centenário hospeda desde 15 do corrente até 9 de julho 60 obras inéditas do pintor Innocêncio Borghese sob o título geral de "Caminhos". Trata-se de uma exposição coordenada por Argentina Carvalho Zichia tendo como curador Jorge Conti Filho descendente do ilustre pintor que estamos homenageando.



Caçador de imagens, Borghese ocupou a maior parte de sua vida retratando os mais variados locais da capital paulista, como o Pateo do Colégio, o Parque Dom Pedro II, o antigo Palácio 9 de Julho bem como o Bairro do Limão e o Parque da Aclimação.



Sua obra se constitui, sem dúvida, num importante levantamento iconográfico da terra paulista de ontem e de hoje e possui portanto um inestimável valor histórico e artístico.



Segundo Pietro Maria Bardi, que o homenageou em 1975 com uma exposição no MASP, Borghese era um verdadeiro operário da pintura e conhecido no meio artístico como um dos últimos pintores que ia ao campo onde armava o cavalete e resumia em suas telas sua impressão tanto da natureza quanto da cidade.



Por outro lado, o critico Quirino da Silva escreveu que: "Sendo o romântico que é, não poderia deixar de ser seresteiro: o violão é seu companheiro inseparável. Verifiquei que Borghese é o pintor da poesia e o poeta da pintura."



O artista



Borghese, pseudônimo artístico de Innocêncio Cabral Borghese, nasceu em São Paulo a 21 de junho de 1897 onde faleceu em 1985. Foi um autodidata, frequentou o atelier de Salvador Parlagreco e conviveu com o grupo de pintores que formou a elite do academismo nacional, desde Parreiras à Carlos Oswald, Batista da Costa e Luis Graner e tantos outros pintores.



Homem eclético, dotado de incomum sensibilidade, não se limitou apenas à pintura mas também à musica, poesia e ao ensino de desenho e pintura na Escola Paulista de Belas Artes, conquistando em sua jornada, inúmeros discípulos.



Realizou inúmeras exposições individuais e obteve diversas premiações a partir de 1935 quando recebeu menção honrosa pelo Salão Paulista de Belas Artes e medalha de bronze em 1948 e vários prêmios de aquisição pelo Governo do Estado.

alesp