Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Sérgio Rolim


10/07/2012 13:26 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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A Dama e o Vinho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2012/fg116163.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sérgio Rolim<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2012/fg116164.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A realidade, na pintura de Sérgio Rolim, se transforma em imagens e as imagens, através do tempo, se transformam em recordações. O seu pincel faz reviver esta realidade: são imagens e recordações renovadas numa luz que se aquece de atualidade e de conquista.

Trata-se na realidade de uma pintura de ruptura e de protesto, assim o demonstram as figuras que enfoca: gente simples de nossos dias, personagens históricos do passado, máscaras, enfim, vultos indecifráveis.

O artista consegue externar magistralmente a alegria, o espanto, o desespero desses seus personagens e os transfere sobre seus vultos e sobre sua expressão grave que muitas vezes não conhecem a centelha da esperança. Dessa forma, ele realiza o seu protesto, criando uma distância entre o conteúdo do quadro e a sua contestação formal.

Estamos de pleno acordo com o crítico Aurélio Benitez quando afirma que "sua pintura é intuição pura. É dessas manifestações criativas que explodem nas pessoas, sem aviso, sem pedir licença, com força incontrolável, como se viessem de um universo que o conhecimento humano ainda não pode alcançar".

Entretanto, se para alguns observadores descobre-se um certo impressionismo de Goya, por outro lado sua pincelada é tipicamente expressionista. Inconscientemente, Sérgio Rolim se apoia nos tratados clássicos da pintura, percorrendo o tempo em sentido inverso, isto é, dos cânones de uma temática moderna, alcança as praias da pintura antiga.

Na obra A Dama e o Vinho, doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o seu forte cromatismo revela um artista vibrante que renova com espontaneidade sua visão mística, reunindo magia e liberdade, no intuito de mostrar a inquietação espiritual de cada um de seus personagens.



O artista

Sérgio Rolim, pseudônimo artístico de Sérgio Francisco Rolim, nasceu em Caxambu do Sul, Santa Catarina, em 1965. Durante anos empresário na área de aço inox, despertou recentemente seu interesse pela arte, frequentando o ateliê de Dhi Ferreira em Curitiba, cidade em que passou a residir a partir de 1970.

Em meados de 2003, deu inicio à execução de suas primeiras telas a óleo, que expôs pela primeira vez em 2004 numa coletiva no Espaço Cultural Professor Miguel Reale, sede da Itaipu Binacional, na capital paranaense. Realizou sua primeira mostra individual na Galeria Espaço de Arte, em Curitiba (2004), sob o título "Eterno desafio humano".

Já escreveram sobre o artista o crítico Aurélio Benitez e os pintores Dhi Ferreira, seu orientador, e Edilson Viriato. Possui obras em coleções particulares de Santa Catarina e Paraná e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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