Quando se chega à maioridade a nova fase é recebida com festas em diversas culturas, e recentemente quase que um aniversário passou despercebido pelos milhões de brasileiros: os 18 anos do Plano Real, lançado em 1º de julho de 1994. Foi o então ministro Fernando Henrique Cardoso, no governo Itamar Franco, que desenvolveu o projeto que mudou a vida da população e deu o grande impulso para a estabilidade econômica do Brasil.

O economista Pedro Malan lembrou a criação do real em seu artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 8/7. Ministro do governo FHC deu continuidade como devem ser as boas administrações. Se hoje houve a evolução do padrão de vida do brasileiro, o impulso foi com o Plano Real. Diferente das afirmações de "herança maldita", a recuperação da economia idealizada por Fernando Henrique "sacramentou" a sucessão da política da estabilidade.

O país passou por diversas reformas econômicas. O dinheiro mudou de nome inúmeras vezes. Entre eles o fracasso do cruzado na década de 1980, instituído pelo então presidente José Sarney em 1986. O interesse de poucos se sobrepôs ao anseio da população com o ágio e produtos que da noite para o dia desapareceram.

Com a vitória de Fernando Collor de Mello para presidente, em 1989, mais uma mudança: o cruzado novo e o vergonhoso sequestro das cadernetas de poupança que desestabilizou tanto financeiramente quanto emocionalmente os brasileiros que acreditaram em boas mudanças.

Pode-se dizer que o real foi a tábua de salvação da economia brasileira. Foi quem deu o pontapé para a atual estabilidade e devemos a isso ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Se para Lula a "herança foi maldita", sua "companheira" Dilma Rousseff reconheceu publicamente em diversas oportunidades. Enfim, a semente proporcionou bons frutos e até elogios da oposição.



*AryFossen é economista, ex-prefeito de Jundiaí (2005-2008) e deputado estadual pelo PSDB, atualmente em sua terceira legislatura.