Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Sophia Tassinari: jardins que impressionam e exalam vida e o perfume da primavera


19/07/2012 09:39 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Primavera<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2012/fg116290.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Flores no meu jardim<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2012/fg116291.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Livro sobre a artista<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2012/fg116312.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sophia Tassinari<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2012/fg116313.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com uma pintura robusta e bem enquadrada Sophia Tassinari revela um temperamento profundo e expressivo, ao mesmo tempo em que uma segurança límpida de conceitos e de finalidade. A pintora sabe, com rara habilidade, unir esse temperamento à poesia das visões e dos caracteres, isto é, transmite sentimento e palavra à sua obra, onde a luz torna-se elemento essencial na sua construção.

Trata-se de uma artista que recolhe em grandes telas as impressões felizes da primavera, assim como transmite a uma paisagem de verão o áfano e o calor do clima que nos envolve. Diversos momentos, mas também diversas técnicas compõem sua pintura, que reflete o próprio estado de alma antes mesmo da elaboração da obra, sempre com profundo respeito pela realidade.

Atenta na disposição dos tons, ela se transforma em intérprete da festa das cores que a primavera promete às árvores, aos jardins, aos campos e às florestas. Ela dispõe a matéria com a mesma paciência da natureza ao desabrochar cada flor nos ramos de um ipê.

Suas flores são retratadas com um particular "esprit de finesse". Sophia Tassinari parece conservar para si e para seus amigos, as numerosas experiências colhidas através do tempo nas diversas latitudes. O seu romantismo é, pois, o resultado de uma lenta maturação e não portador de escolhas apressadas.

As composições que pinta, ricas de acentuações vibrantes e permeadas de luzes interiores, parecem janelas que se entreabrem sobre uma paisagem ideal, quase a nos impulsionar a um íntimo colóquio com as belezas do Criador. Quando fala de suas obras o faz com a doçura e a delicadeza de uma mãe para com seus próprios filhos sem, entretanto, enaltecê-los, consciente da própria realidade de artista.

As obras "Primavera" e "Flores no meu Jardim", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, impressionam pela sua espontaneidade e exalam vida e o perfume da primavera.





A Artista



Sophia Tassinari nasceu em São Paulo, onde faleceu em 2005. Iniciou seus estudos artísticos com Theodoro Braga e a seguir com Anita Malfatti, Mário de Andrade e o Grupo Guanabara. Realizou curso de modelo vivo na Universidade Mackenzie, especializando-se a seguir em restauração de quadros na Itália e França.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas e salões de artes, destacando-se entre elas: Galeria Benedetti (1946); XII Salão do Sindicato de Artistas Plásticos de São Paulo; "Peintres Brasiliens Contemporaine - Musés National de Beirute (1947); Teatro Municipal de São Paulo (1948); Grupo Guanabara - São Paulo (1958 e 1959); Azulão Galeria, São Paulo (1967 e 1970); "Primitivos Brasileiros" - Madri - Espanha; "Naifs Brasilenos" - Club Pueblo - Espanha (1970); Salon d´Automne - Grand Palais des Champs Elysées - Paris (1971); "Pittori Brasiliani" - La Galeria Cavalieri Hilton - Roma (1972); Câmara Municipal de São Paulo (1975); Galeria Sharp - Belém, Pará (1976); Salão Penápolis - Galeria do Centro Campestre SESC - São Paulo (1978); Museu de Arte de São Paulo; Galeria de Arte Monalisa (1980); Galeria de Arte Rubaiyat - São Paulo; Galeria Jardim Contemporâneo - Ribeirão Preto (1984); Mostra Co-Nexus no Museum of Contemporany Art of New York (1986); "As Flores do Meu Jardim" - Museu Banespa (1989); Choice Galeria de Arte (1991 e 1994); "Antropofagia" - Galeria do Palácio dos Bandeirantes (1994 e 1995); "Monumento ao Homem da Terra" - Palácio dos Bandeirantes (1998 e 1999); "Primaveras de Sophia" - Galeria A Portal - São Paulo; "Mostra do Terceiro Milênio" - Galeria André (2000); "Monumento ao Índio" - Pátio do Colégio de São Paulo (2001) " Espaço Cultural V Centenário (2005).

Possui obras de sua autoria em diversos acervos particulares, museus, no Palácio dos Bandeirantes e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. O Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo publicou, após sua morte, um livro de autoria de Emanuel von Lauenstein Massarani, sob o título "Sophia Tassinari:uma vida de amor às artes e à vida".

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