Museu de Arte - Lygia Coelho


07/08/2012 09:50 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Deusa Flora<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116656.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ligia Coelho <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116657.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Lygia Coelho: a vivacidade da cor explode nos limites entre o barroco e o lirismo



A pesquisa de Ligia Coelho se propõe em fixar, com efusão cromática, a imagem abstrata, ainda em formação no pensamento e na visão. A artista manifesta sua introversão mediante figuras vaporosas ou em devaneio, que assinalam um estilo altamente qualificado e ao mesmo tempo contemporâneo.

Coerente sob um perfil filológico, a obra pictórica de Lygia Coelho é uma garantia de firme inteligência e de honestidade artística. Proveniente de excelente formação oferece-nos um realismo encorpado, um barroquismo atualizado (isto, sem nenhuma conotação negativa) e uma religiosidade às vezes introvertida, outras explosiva, que é, dependendo das circunstâncias, mística como sua sensualidade. Esses termos, aparentemente controvertidos se conciliam na coerência de sua linguagem.

A artista deseja ser ela própria, mesmo nas suas aparentes, mas mordazes contradições. Como é notória, a linguagem da pintura é o desenho e a cor, ao pacto que ambos sejam sempre inventados, redescobertos ou renegados e, em certo momento, levados em séria consideração.

Demonstrando saber o que quer - e sua mão guia o pincel para preencher a alma de expressiva serenidade -, Ligia Coelho passa de uma cor para outra, onde sua fantasia é capaz de enriquecer a obra de tantos adereços, até mesmo de tornar uma mesma figura uma cena dupla ou plural, independente da superfície que explora ou da posição dessa com referência à cena.

Uma pesquisa de luz, conduzida até as mais rarefeitas transparências, serve para assinalar os contornos das figuras, conferindo-lhes força e plasticidade juntamente com delicadeza e harmonia, pois a luz é exatamente a forma onde a harmonia e a força se condensam numa unidade indissolúvel.

Rica de cores, sua pintura é ao mesmo tempo sutil e substanciosa, sem deixar de incluir uma fascinante e suave transparência.

Nos limites entre barroco e realismo, a obra "Deusa Flora", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, encontra os resultados mais autênticos na vivacidade e felicidade da cor, juntamente com um traço marcado e intenso de seu perfeito grafismo.



A Artista



Ligia Coelho nasceu em Campinas, em 1954. Formou-se em Arquitetura de Edificações pela FATEC de São Paulo. Foi aluna de pintura do Professor Rodrigues Coelho, em cujo atelier passou, mais tarde, a lecionar.

Participou de diversas exposições coletivas e individuais, destacando-se entre elas: XXIII Salão de Arte de São Bernardo, SP; Salão Oficial de Itaipu, Santos, SP; I e II Salão dos Novos, da Academia Paulista de Belas Artes, SP; I Salão Nacional de Artes Plásticas "Pablo Picasso", SP; I Salão de Artes Plásticas "Eduardo Gomes", SP; IV Semana Artística e Cultural de Itatiba, SP; I Salão "Lions" de Artes Plásticas; VII Salão Arquidiocesano de Belas Artes, IV Artistas na União Cultural Brasil / Estados Unidos, SP; Salão do Ano do Atelier Rodrigues Coelho (diversos anos), SP; Festival de Inverno de Campos de Jordão, SP; VIII Salão Cultural dos Imigrantes, Bienal de São Paulo; nas galerias Rubayat, Tabacow, Portal, Lannody e Citroën, além dos Espaços Culturais do Esporte Clube Pinheiros e do Jockey Club de São Paulo.

Suas criações receberam inúmeras premiações, menções honrosas, medalha de prata e de bronze em diversos Salões Oficiais no Brasil e medalha de prata no "Salon International D'arts Plastiques de Saint Raphael", na França.

Suas obras encontram-se em coleções particulares no Brasil, Itália, Japão e China e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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