Museu de Arte - Nélly Ceschin: composições frutíferas que adquirem vida, perfume e sabor


09/08/2012 10:52 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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"Ousadia"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116777.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Nélly Ceschin<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116778.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ao observarmos as obras de Nélly Ceschin, a qualidade que se evidencia é o sentido da cor que utiliza, não só instintivamente, mas com parcimoniosa sabedoria, especialmente em seus últimos trabalhos, onde substitui a representação do espaço em profundidade com o bidimensional.

Seja modulando e articulando o sentido volumétrico, Nélly Ceschin se sente mais livre de construir suas composições através de uma trama complexa de tons onde constrói suas composições frutíferas, estruturando relações ou destacando com maior evidencia os contrastes entre plenos e vazios.

A pesquisa sobre volume, sobre espaços é conduzida analiticamente no ímpeto da reinvenção do real: no caso, suas quase naturezas mortas adquirem vida, perfume e sabor.

A pintora une, à medida que colhemos as definições arquitetônicas do espaço, o detalhamento da narração através de imagens, às quais confere um suave frescor na expressão. No sentido em que as duas tendências encontram a justa colocação nos estados de alma da artista, a pintura ganha em rigor e os resultados são cada vez mais apreciáveis.

Na obra "Ousadia", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Nelly Ceschin narra com uma riqueza de acentos formais e pictóricos solidamente estruturados numa intensa correlação cromática, emoções sofisticadas para quem sonha conservar por longo tempo o gosto pelos produtos da natureza e pela compreensão da vida na qual estamos envolvidos.

A Artista

Nélly M. Ceschin nasceu em Maracajú, Mato Grosso do Sul. Iniciou sua carreira como autodidata, mais tarde foi discípula dos mestres Celso Coppio, Érico da Silva, Karimi Abdala, Raul Delavy e Allan Hank entre outros. Freqüentou um curso livre no Museu Alfredo Andersen com Geraldo Leão.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas na Fundação Cultural de Curitiba (1992); Espaço Cultural do Instituto de Engenharia do Paraná (1995); Salão Weimar Torres (1996); Espaço Cultural da Galeria de Arte Nini Barontini (1998); 3ª Expan de Arte Mística e Mulheres na Arte I (1998); A Fina Arte Brasileira (1999); Espaço Cultural Amais Galeria de Arte (2000); 1º Fórum Nacional de Identidade Brasileira; "Vida e Movimento", Galeria Emi e IIIª Mostra de Artes Woman"s Club, Clube Curutibano (2001); XVII Salão Nacional de Artes e Mostra Alexina Bley, Sociedade Thalia (2002).

Desde o inicio de sua trajetória artística tem sido agraciada com medalhas e menções honrosas em salões dos quais participou.

Possui obras em coleções particulares da Austrália, Canadá, Inglaterra, Nova Zelândia, África do Sul, Estados Unidos, Brasil e nos Acervos da Embaixada da República da África do Sul, Brasília; Consulado da República da África do Sul, SP; Museu de Maracajú, Maracajú - Mato Grosso do Sul; Espaço Cultural do Clube Militar do Rio de Janeiro, RJ; Felicita Centro Médico da Mulher e Cesclínica Centro Médico de Curitiba, PR e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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