População de Bauru necessita de melhor atendimento na saúde pública

Audiência Pública Orçamento 2013 - Bauru
13/08/2012 20:11 | Marisa Mello " Foto: Roberto Navarro

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Mauro Bragato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116866.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Idenilde de Almeida Conceicao<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116867.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Joao Carlos da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116868.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jose Carlos Dias da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116869.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Isabel Barbosa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116870.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paulo Eduardo de Souza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116871.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rubens de Souza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116872.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Muricy Domingues<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116873.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Roberto Romacho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116874.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Auditório<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116875.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Hospital de Base, alvo de polêmica, é o único que atende casos de emergência





"Nosso grande desafio é buscar no debate a definição de prioridades para cada região". Com essa afirmação, o presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, Mauro Bragato (PSDB), abriu os trabalhos da audiência pública do Orçamento estadual 2013 realizada nesta sexta-feira, 13/8, na Câmara de Bauru. Ele explicou que, apesar da ausência de prefeitos e vereadores nas audiências, em razão de campanhas eleitorais, a comissão não se furtou ao seu dever de promover a discussão da peça orçamentária com os cidadãos paulistas.

O vereador de Bauru Paulo Souza disse que muitas pessoas têm morrido nos hospitais públicos da cidade por falta de infraestrutura na saúde pública. Todos os casos de emergência são encaminhados ao Hospital de Base, sucateado e alvo de intervenção devido às recentes mortes injustificadas de pacientes. O caso mais recente foi de uma jovem que morreu de pancreatite, infecção que se tratada a tempo não causa maiores problemas. O vereador sugeriu que seja ativado um sétimo hospital na cidade, cujo prédio já está pronto, mas ainda não equipado.



Servidores públicos



O professor Muricy Domingues, da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp), defendeu os pleitos do segmento: pagamento dos precatórios, contrapartida financeira do Estado no Iamspe, reajuste dos proventos etc. Já a professora Isabel Barbosa, da Associação de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), solicitou revisão salarial para os ativos e cobrou a presença de um perito médico em Bauru, uma vez que os professores doentes precisam se locomover para São Paulo para fazer perícia necessária à licença médica.

Carlos Romacho, do Sindicato dos Agentes Penitenciários, pleiteou melhores condições de trabalho e salariais. Idenilde Conceição, da Comissão Consultiva do Iamspe, reivindicou contrapartida financeira por parte do Estado na manutenção do instituto.



Assistência social e estradas



José Carlos da Silva, do Lar Escola Rafael Maurício, pediu livros, reformas e automóvel para que a entidade prossiga o atendimento que presta a jovens com moderada limitação intelectual. O cidadão Carlos Eduardo Campos foi interno do lar e reforçou as palavras do representante da entidade. Rubens de Souza, do PP de Bauru, pediu ambulância para a Apae, recursos para creche São José e novo terminal rodoviário.

Representante do deputado Pedro Tobias (PSDB), João Carlos da Silva explicou que ao visitar municípios da região, o parlamentar ouviu e compilou as principais demandas: recuperação dos acessos viários em Itapuí e São Manuel, revitalização do programa Melhor Caminho, criação de polo tecnológico em Bauru, centros de convivência para idosos em todos os municípios da região, pavimentação das estradas Barra Bonita-Santa Maria da Serra e Arealva-Boraceia-Pederneiras, além de implantação de unidades da Fatec e Etec e de faculdade pública de medicina em Bauru.



Bauru, polo industrial



Bauru situa-se na região Noroeste do Estado e em 2011 sua população foi estimada pelo IBGE em mais de 300 mil habitantes. É conhecida por um sanduíche que leva o mesmo nome da cidade, criado pelo advogado bauruense Casimiro Pinto Neto no bar Ponto Chic, localizado no Largo do Paissandu, na cidade de São Paulo, em 1934, quando era aluno da Faculdade de Direito da USP. A cidade tem bons índices de desenvolvimento, com recuperação de áreas degradadas e hoje possui um parque industrial diversificado com mão de obra qualificada e o maior entroncamento rodo-aéreo-hidro-ferroviário do Estado de São Paulo. Destacam-se os setores metal-mecânico, editorial e gráfico, alimentício, eletroeletrônico, plásticos, com mais de 20 mil trabalhadores. Bauru conta com três distritos industriais, e perto de 130 empresas instaladas nos setores de indústria, prestação de serviços e comércio atacadista.



História



No século 18, bandeirantes paulistas tentaram se estabelecer na região, que era ponto de travessia das monções (expedições fluviais) que se dirigiam até Mato Grosso e Goiás, mas foram impedidos por ataques dos índios caingangues e guaranis, nativos da região. Após 1850, na procura de novas terras para ocupação e colonização, pioneiros paulistas e mineiros começam a explorar a vasta região situada entre a serra de Botucatu, o rio Tietê, o rio Paranapanema e rio Paraná. Em 1856, Felicíssimo Antônio Pereira, provindo de Minas Gerais, adquiriu terras e estabeleceu, próximo ao atual centro de Bauru, a Fazenda das Flores. Anos depois, em 1884, essa fazenda teria parte de sua área desmembrada para a formação do arraial de São Sebastião do Bauru. O local tornou-se distrito de Agudos em 1888 e foi emancipado em 1896. As terras a oeste da serra de Botucatu, a partir do espigão da serra dos Agudos, nunca abrigaram o sistema escravocrata, que vigorou em grande parte do Brasil até 1888. O atual município de Lençóis Paulista foi o limite geográfico do escravagismo naquela região do Estado. Entretanto, a região de Bauru foi onde se deu um dos mais acentuados processos de extermínio de indígenas.

No começo do século 20, a cidade começou a ganhar infraestrutura e a população aumentou com a chegada da ferrovia. Em 1906, foi escolhido como ponto de partida da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que ligou, por via férrea, Bauru a Corumbá, no Mato Grosso do Sul, junto à fronteira com a Bolívia. Durante a primeira metade do século 20, Bauru tornou-se o principal polo econômico do Oeste Paulista. Um dos principais motivos do povoamento de Bauru foi a Marcha para o Oeste, criada pelo governo Getúlio Vargas para incentivar o progresso e a ocupação da região central do Brasil.

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