Museu de Arte - Alda Amado

Alda Amado: através de transparências insólitas o seu cromatismo desvenda a figura humana
14/08/2012 09:51 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Inocência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116896.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Alda Amado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg116897.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A presença humana, aparentemente transparente, mas substancialmente sólida, é causa e efeito nas obras de Alda Amado, onde os valores espirituais e humanos estimulam o pensamento e a consequente ação se transforma em situação, que, por sua vez, busca necessariamente uma reação crítica que se identifica na interpretação.

Suas imagens prescindem, de fato, do fenômeno da contínua transformação. O movimento está implícito no espaço como síntese de uma situação, como interpretação de um "status" nas visões, onde as imagens se dilatam e se multiplicam.

Ideais e velados panos de fundo se abrem magicamente enquanto figuras, na maioria femininas, tomam forma numa atmosfera sempre mais límpida e livre. Entre transparências elas emergem repetindo ao infinito atitudes simbólicas que indicam as finalidades do "discurso".

Quando a artista desenha a figura humana é como se olhasse dentro de si mesma, numa espécie de análise introspectiva. É por isso que o ser humano se encontra no centro do discurso de Alda Amado, considerando também que somente nele existe uma verdade interior.

Em "Inocência", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a evolução de seu discurso influiu sobre o cromatismo da obra, que se libertou de numerosas dúvidas e adquiriu suaves tonalidades que antes não entravam na sua paleta.



A artista



Alda Amado nasceu no Rio de Janeiro e posteriormente transferiu-se para São Paulo, onde vive até hoje.

Sua formação artística iniciou-se com o curso de artes clássicas, com a professora Luisa Becherucci, em Firenze, Itália (1980).

Depois fez arte surrealista, no Museu Picasso, Paris (1983); arte contemporânea, no Museu Hermitage, Leningrado (1984); arte barroca, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1985); arte impressionista, em Madri (1986); percepção no desenho de observação, com o professor Mario Tabarin, São Paulo (1987); a Escola Panamericana de Arte, São Paulo (1989); encáustica, no Cairo (1992); arte e mitologia grega, no Museu de Atenas, Grécia (1993); e pintura em figura humanas, com o professor Rodrigues Coelho, São Paulo (1996).

Participou de diversas exposições coletivas e individuais, entre

elas: I Bienal de Arte Moderna, Mato Grosso (1994); Salão Internacional de Artes Plásticas "Portugal 95", Casa de Portugal, São Paulo; Intercâmbio Cultural Brasil Portugal, Palácio da Independência, Lisboa; Tamar Galeria de Artes, Évora, Portugal; Salão Nacional de Artes Plásticas, São Paulo (1995); Salão de Artes nas Arcadas, São Paulo; IV Salão Nacional de Artes Plásticas de Obras Premiadas, São Paulo; I Salão Pictórico, Academia Interamericana de Belas Artes, São Paulo (1996); Talentos e Imagens Brasileiras, Sheraton Bal Harbour Junifer Beach Resort, Miami, EUA (1997); Casa da Fazenda do Morumbi, São Paulo (1999); II MOAD, Secretaria da Cultura, São Paulo; Mostras da Primavera, Academia Brasileira de Arte Cultura e História, São Paulo; Expo-Artes Sab Card, Biblioteca Municipal Cassiano Ricardo, São Paulo (2000); Casa da Fazenda do Morumbi, São Paulo (2005); e Salão Artes, Formas e Cores, São Paulo (2006).

Recebeu diversos prêmios e medalhas. Está cadastrada no Anuário Julio Louzada e é membro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais (no Brasil e no exterior), entre elas o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp