Museu de Arte - Oskar Orsi


21/08/2012 14:51 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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OSKAR ORSI<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117166.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Tributo a Pollock<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117167.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Oskar Orsi: libertação interior e exorcismo através de um expressionismo abstrato



Os anos que sucederam a Segunda Guerra Mundial viram nascer, nos Estados Unidos, o expressionismo abstrato que teve como principais protagonistas Pollock, Tomlim, Tobey, De Keoning, Clyfford Still, Rothko, entre outros. Embora os críticos americanos da época salientassem apaixonadamente que esses artistas não deviam nada à Europa, não podemos deixar de constatar que tanto o surrealismo francês quanto o expressionismo alemão os influenciaram profundamente.



Esse movimento sensibilizou também os artistas brasileiros da época, e por que não de nossos dias, como é o caso do pintor Oskar Orsi. Se alguns podem considerá-lo ingenuamente infantil ou de conjunto nitidamente decorativo, para outros a presença de uma certa igualdade de tensão de superfície pintada na totalidade causa uma tranqüila monotonia.



"A libertação do homem", afirma o historiador Michel Seuphor " é uma conquista que começa diariamente e que, cada dia, impõe um novo problema. Penso que há mais de meio século, somos guiados nesta caminhada por um cego: a arte. Somente a arte possui esta clara evidência cega, que visualiza mais longe que a rentabilidade, que vai mais veloz que a velocidade, que, sem deixar de ser de nosso tempo, o encarna profundamente e lhe acorda o jogo, a gratuidade absoluta, num domínio que desconcerta a imaginação e lhe traz uma nova dimensão".



Entretanto, se observamos atentamente os detalhes das obras desse artista e o afrontar do combate que o pintor opera sobre a tela, a impressão será bem outra. Seus arabescos por camadas cromáticas sobrepostas se constituem numa forma de libertação interior que alcançam um certo delírio intelectual ou uma espécie de exorcismo.



Na obra "Tributo a Pollock", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Oskar Orsi individua o entrelaçar de sua poética com a experiência vivida. Os caminhos da existência e da linguagem não são retilíneos por longo tempo. Fluem, entretanto, no uníssono com a ordem de probabilidade do labirinto do mundo.



O Artista



Oskar Orsi, pseudônimo artístico de Oscar Dario Orsini, nasceu no ano de 1962 na cidade de Mendoza, Argentina. A partir de 1969 se transferiu com a família para o Brasil, passando a morar na cidade de São Paulo. Formou-se em administração de empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 1986.



Após freqüentar exposições em galerias de arte e museus, a partir da ultima década do século 20 passou a se interessar pelas artes plásticas e a pintar como autodidata. Sua primeira exposição individual foi realizada em 2003 no Empório Zen em São Paulo.



A convite da Galeria Cassiano Araújo participou ainda da mostra "451 visões sobre São Paulo", em 2004, em comemoração aos 450 anos da capital paulista. No mesmo ano expôs no Espaço Cultural do Shopping D, SP, numa mostra em homenagem à imigração japonesa.



Possui obras em coleções particulares no Brasil e na Argentina e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp