A principal demanda de Jundiaí é a extensão da linha da CPTM até Campinas

Audiência Pública Orçamento 2013 - Jundiaí
28/08/2012 18:01 | Da Redação: Marisa Mello Foto: Márcia Yamamoto

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Maurício Hoffnan, Regina Gonçalves, Pedro Bigardi e José Roberto Rizzotti <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117491.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  José dos Reis Alves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117492.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Regina Gonçalves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117493.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117494.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Eduardo Marques<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2012/fg117495.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Recursos para execução de planos municipais de resíduos sólidos foram solicitados



A Câmara de Jundiaí sediou nesta segunda-feira, 27/8, a última audiência pública no interior, para debater o Orçamento estadual 2013, numa iniciativa da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP), que percorreu todo o Estado para ouvir sugestões dos cidadãos acerca de investimentos nas diferentes regiões de São Paulo. A deputada Regina Gonçalves (PV) presidiu a reunião, que contou também com o deputado Pedro Bigardi (PCdoB), que representa o Aglomerado Urbano de Jundiaí no Legislativo, o técnico da Secretaria de Planejamento, Maurício Hoffman, o secretário de Finanças de Jundiaí, José Rizotti, e a vereadora de Jundiaí, Marilena Negro. As autoridades e alguns cidadãos lembraram a importância de que a linha da CPTM seja estendida de Jundiaí até Campinas.



Após homenagear o falecido deputado de Jundiaí, Ary Fossen, a deputada Regina disse que a CFOP está no caminho certo para cada vez mais aprimorar a utilização dos recursos públicos.



Bigardi destacou que com a criação da Aglomeração Urbana de Jundiaí, os problemas estruturais de cada cidade tomaram dimensão regional. "É preciso discuti-los e resolvê-los regionalmente", disse Bigardi.



"Fazer projeto orçamentário é um grande desafio, tendo em vista que, por vezes, a arrecadação se encontra comprometida", disse Hoffman. O secretário Rizotti reforçou as palavras de Hoffman, destacando que os recursos públicos têm que ser usados com inteligência e adequadamente.



A vereadora agradeceu ao Legislativo pela aprovação da AU de Jundiaí, o que torna mais fácil a solução de problemas comuns a cidades da região. Ela pediu que o Estado faça sua parte em programas da saúde, mediante envio de mais verbas, somando ao que é investido pelos municípios. Na área de segurança, essa contrapartida seria bem vinda, uma vez que os municípios são onerados com aluguel de imóveis e outras despesas para custear unidades policiais.



Trens e planos de resíduos



Solução para problemas na área de transportes, criação do bilhete único e extensão da linha do trem da CPTM foram as demandas do cidadão José Reis Alves. Jonas, assessor do deputado Gerson Bittencourt (PT), lembrou que a extensão da linha 7 " Rubi, de Jundiaí até Campinas foi proposta pelo parlamentar em projeto de lei.



Helena Oliveira, de Várzea Paulista, trabalhadora da Saúde, destacou que o Estado tem dois programas exitosos, o AME e o Pró-Santa Casa. Ela sugeriu disponibilizar serviços de cirurgia (pequenas intervenções) no AME de Jundiaí e mais recursos para a santa casa realizar cirurgia complexas.



Morador de Jundiaí, Eduardo Marques, do Fórum Paulista de Participação Popular, reclamou da pouca transparência no Orçamento estadual 2013 e lembrou que as AUs de Jundiaí e de Piracicaba sequer constam desse projeto. Assim, reivindicações afetas a AU, como a ligação viária entre Jundiaí e Várzea Paulista, ficam com o debate comprometido e provavelmente sem recursos.



O cidadão Edson Aparecido propôs que o governo crie programa de apoio aos municípios para que possam executar planos de resíduos sólidos, no prazo previsto em legislação federal.



Regina destacou que as sugestões feitas nas audiências feitas no Estado serão compiladas no relatório final do projeto orçamentário e que o veto à regionalização na LDO será alvo de debates no Parlamento, de forma que as AUs não fiquem prejudicadas no atendimento de demandas.



Terra da uva



Jundiaí é sede de recém-criada aglomeração urbana e dista quase 60 km da capital do Estado, com quase 400 mil habitantes. Seu nome vem da língua tupi, significando água de jundiá. Seu IDH é de 0,857, o quarto melhor do Estado. É conhecida como a terra da uva.



Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Jundiaí é a quinta cidade com melhor qualidade de vida do Brasil,e primeiro lugar em saneamento básico, no ranking do Instituto Trata Brasil, entre as cidades com mais de 300 mil habitantes. Possui conurbação consolidada com Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, além de estar em processo de conurbação com Itupeva. Essas cidades citadas fazem parte da Aglomeração Urbana de Jundiaí juntamente com Cabreúva, Louveira e Jarinu, totalizando cerca de 700 mil habitantes.



A paisagem mais marcante da cidade é a Serra do Japi, uma das únicas grandes áreas de mata atlântica nativa contínua no estado de São Paulo, tombada em 1983 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e declarada, em 1992, pela ONU como reserva da biosfera da mata atlântica.



Jundiaí tem um grande destaque no cultivo de uva e morango e na avicultura de corte. Mas o município tornou-se também um polo para empresas de logística com armazéns das Casas Bahia, Renault/Nissan, Magazine Luiza, DHL, Sadia e um parque industrial com mais de 500 empresas se destacando nos setores de alimentos ( Saralee, Frigor Hans, Parmalat), bebidas (Coca-Cola, Cereser e Ambev), cerâmica (Deca, Rocca e Ideal Standard) , autopeças, metalurgia, embalagens etc.



A região de Jundiaí era habitada exclusivamente por indígenas até o século 17. O povoamento do sertão de Mato Grosso de Jundiahy, como era denominado o extremo território ao norte da vila de São Paulo, que hoje compreenderia a região de Jundiaí, Campinas e todo o nordeste do estado até a divisa com Minas Gerais no Rio Grande, iniciou-se próximo ao Rio Jundiaí, com a chegada da Rafael de Oliveira, sua mulher Petronilha e filhos, em 1615. Eles deram ao povoado a denominação de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí.



Segundo alguns historiadores, o casal teria se fixado aí em virtude de ter Rafael de Oliveira cometido crime de bandeirismo, expedição de apresamento de índios, o que era vedado pela coroa portuguesa. Rafael foi perdoado graças à sua participação no combate aos flamengos.



O povoado prosperou porque era ponto de apoio para as expedições que se dirigiam aos sertões. A inauguração de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Desterro, em 1651, marcou o reconhecimento da povoação de Jundiaí. Em 1655, Jundiaí marcava o limite norte do povoamento da Capitania de São Vicente.



Sua economia ficou estagnada durante o apogeu do ciclo da mineração, reativando-se após 1785, quando a agricultura se fortaleceu com a cana-de-açúcar, feijão, cereais, algodão e café. Outro fator de progresso foi a fruticultura praticada por imigrantes no fim do século 19. Nessa época, surgiu a indústria da tecelagem, em 1874, com a Companhia Jundiana de Tecidos, por incentivo do Barão de Jundiaí, Francisco de Queiroz Telles. Em 1865, Jundiaí foi elevada à condição de município.



No fim do século 19, foram inauguradas as Estradas de Ferro Cia. Paulista - Santos a Jundiaí -, Ituana e a Bragantina, o que trouxe mais imigrantes. Na primeira metade do século 20, Jundiaí descobriu a sua vocação industrial, que perdura até hoje.

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