Museu de Arte - Iwao Nakajima


16/10/2012 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Monumento às Bandeiras<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2012/fg118531.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paraíso <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2012/fg118532.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Iwao Nakajima: um poeta que escreve com o pincel, transmitindo uma atmosfera impregnada de símbolos



As obras de Iwao Nakajima nos transportam a um mundo que se encontra nos confins da memória. As cenas que nelas estão representadas se constituem de fragmentos e retalhos que vêm à mente e são reunidos num espaço que, apesar de tudo, é terrestre.

Assumindo tanto tons de tristeza ou de alegria, e das sensações as mais variadas, a sua é sempre uma poesia feliz porque vital. Ao abrigo de todo o sistema, o autor se coloca frente à natureza e a interpreta como a vê, sem nada mais.

Servindo-se de dons autênticos, baseados numa sólida técnica, o artista joga as cores com sutileza e de preferência se exprime através de delicadas passagens harmônicas, que outras vezes traduz aplicando tons vivos.

Por uma necessidade de evasão e de reconstrução dos valores mais íntimos e fecundos, descobre-se inicialmente a pintura naïf pela intuição, depois nos envolvemos conscientemente.

No caso do artista Iwao Nakajima, a essência de sua pintura naïf repousa sobre uma substância poética própria. O pintor é muitas vezes um poeta que escreve poesia com o pincel: uma poesia ingênua e pura, que tem suas raízes na memória, na sensação íntima da própria realidade.

As obras Paraíso e Monumento às Bandeiras, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, transmitem uma atmosfera impregnada de símbolos. Entrelaçadas florescências e cromatismos alusivos fazem desabrochar situações e sentimentos em que se entrelaçam os desejos de uma ativa participação tão diferente da rotina de nossos dias.



O artista



Iwao Nakajima nasceu em Gumma, Japão, em 1954, e faleceu em Embu das Artes em 2011. Estudou pintura e desenho na Escola de Artes de Cerâmica de Nagoia. Chegou ao Brasil em 1955, como técnico de pintura e esmalte. Naturalizou-se brasileiro em 1977. Foi membro da Associação Paulista de Belas Artes.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: Grupo Naifs Brazilian, Milão, Itália; Os Melhores da Praça, Galeria Eucatexto, São Paulo; Grupo 8 Artistas, Banco América do Sul, São Paulo; 4º, 6º, 7º e 20º Salão Bunkyo, São Paulo (1974, 1977, 1978 e 1997); Grupo Seibi, Galeria Niterói, São Paulo (1974); 7º Salão Paisagem Paulista, São Paulo; Mostra de Artes Plásticas de Maceió, AL; Galeria do Sol, São José dos Campos, SP (1975); Associação Cristã dos Moços, São Paulo; Grupo Sakai do Embu, Clube Homes, São Paulo; 40º, 42º e 45º Salão Paulista de Belas Artes, Galeria Prestes Maia, São Paulo (1976, 1978 e 1981); 7º Salão da Primavera, São Paulo; Clube Hípico de Campinas, SP; 1º Grupo Liberart, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo (1976); 15º e 16º Salão Oficial de Embu, SP (1977 e 1978); Grupo 8 Artistas, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo; 2º e 3º Salão do Movimento Paulista de Artes Plásticas, Itaquera, São Paulo, e São João da Boa Vista, SP; Japoneses na Arte Brasileira, Clube Paineiras, São Paulo; Issen, Museu de Artes de Ueno, Tóquio, Japão; 10º Salão Paisagem Paulista, São Paulo (1978); Galeria Panorama, Salvador, BA (1979, 1980 e 1982); Mostra de Arte em Nova York, EUA (1981); Prefeituras Municipais de Embu e Guarulhos, SP (1982); Galeria Kanekiti, Nagoia, Japão (1983); Galeria Shoka-Do, Handa, Japão; Galeria Daimaru, Kobe, Japão (1985); Mostra Individual Clube Paulistano, São Paulo (1986); Kork Gallery, Lincoln Center, Nova York; Galeria Sogo, Kobe, Japão (1987); 80 Anos da Imigração Japonesa, Masp, São Paulo; Mostra Matsuzakaya, Japão (1988); Mostra Latino-Americano de Arte Primitiva, Galeria Onuma, Japão; Festival Nipo-Brasileiro, Prefeitura de Maringá, PR (1989); Galeria Suzuran, Gumma, Japão (1990); 3ª Mostra de Arte Bikoo-Tem, Rio de Janeiro (1991); Galeria Hakuzen, Nagoia, Japão (1993); 1ª Bienal Paulista de Arte Contemporânea, Valinhos, SP; Bienal Brasileira de Arte Naïf, Piracicaba, SP (1996); Galeria Wachi, Tóquio, Japão (1998); Mostra Individual, Brasil 500 Anos, no Brasil e Japão (2000); 1º, 2º, 3º Salão Figurativo Bunkyo, São Paulo (2001, 2002 e 2003); Galeria Horikawa, Kobe, Japão (2004).

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Japão, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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