A arte de Vinicius Pellegrino é um convite a viajar pelo mundo através do desenho Desde segunda-feira ultima até 31 de outubro o Espaço Cultural Candido Portinari (Mezanino Hall Monumental) apresenta a primeira exposição do jovem artista Vinicius Pellegrino intitulada "Viagem através do desenho". À inauguração compareceram parlamentares, os senhores José Adir Loiola e João Eliezer Paglioca respectivamente presidente e vice-presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo, o senhor Sidney Tinoco, do Grupo Muralha, professores e estudantes do curso de arquitetura e urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e o casal Débora e Waldemar Pellegrino, progenitores do artista. Em nome da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, o Superintendente do Patrimônio Cultural, Emanuel von Lauenstein Massarani, saudou os presentes e felicitou o artista afirmando que: "Analisando o conjunto dos seus desenhos, podemos prever que Vinicius Pellegrino envolvido com o novo realismo, conhecido na França por "Nouvelle figuration", se encaminhe, como consequência lógica, para a pintura seguindo o percurso dos grandes mestres do passado. É de se auspiciar, pois, que o jovem artista se torne um excelente exemplo para as atuais gerações que buscam o grande retorno na arte". "Enquanto houver em mim a vontade de valorizar a beleza retratarei o mundo com a glória que um dia lhe pertenceu" A seguir o IPH " Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo lançou em edição primorosa um livro dedicado à obra de Vinicius Pellegrino que aproveitou a ocasião para prestar um depoimento sobre o que, para ele, significa a arte: "A arte é, para mim, sempre mais expressiva que as próprias palavras. Desde os seis anos de idade, sinto-me dependente do desenho. Hoje, ao frequentar o curso de arquitetura e urbanismo, cada vez mais aumenta a vontade que tenho de manter viva esta paixão pela arte, sempre tão pura e sincera. Na época em que vivo tenho algumas dificuldades de encontrar beleza ao meu redor, sinto-me incomodado com o sentimento de não pertencer a coisa alguma, ao mesmo tempo em que estou dominado pela saudade do dia que não vivi. Por esta razão, refugiei-me no juramento de perpetuar com humildade a criação dos grandes mestres do passado. Creio que estes valores não devem ser simplesmente o resultado de uma herança, mas nossos e, sem dúvida, renovados através de uma escolha pessoal, muitas vezes, sofrida. O desenvolvimento da arte implica a aproximação do passado e uma renovação. Basta, para tanto, observar a relação de continuidade e superação vivida por Caravaggio em relação a Michelangelo, cuja pintura é revivida com respeito e audácia, enquanto Leonardo afirmava: "Triste é o discípulo que não supera o seu mestre,colocando a arte numa relação de continuidade entre aluno e professor de tal maneira onde quem aprende procure fazer melhor do que o mestre". Eis porque vive em mim uma grande saudade que não pode se aplacar e muito menos se expor em palavras. Há em cada obra que elaboro um grito mudo que implora por uma época que já morreu. Não quero que o ouro, de tão opaco, perca seu charme. O prazer de criar é indissoluvelmente ligado à liberdade de passar do desenho à pintura, sem sentido de culpa. Enquanto houver em mim a vontade de valorizar a beleza, enquanto minhas mãos suportarem o peso de minha paixão pela arte, retratarei o mundo com a glória que um dia lhe pertenceu, não medindo esforços para que os grandes trunfos da humanidade não se apaguem pela ação do tempo." A TV Assembléia realizou na ocasião uma reportagem especial sobre a obra e as atividades artísticas de Vinicius Pellegrino.