A população dos jardins Guanhembu, Bichinhos e região, distrito de Cidade Dutra, zona sul da capital, foi tomada de surpresa na semana que antecedeu o primeiro turno das eleições municipais, com o início da obra de um ecoponto (espaço para depósito de lixo e entulho de responsabilidade da Empresa de Limpeza Urbana de São Paulo - Limpurb), na praça Educadora Rosely Ribalta, que fica entre a avenida Irmã Dulce e a rua Filomena Fiúza de Oliveira. O problema é que a obra, que, segundo a Limpurb, foi autorizada pela subprefeitura Capela do Socorro, localiza-se dentro do único equipamento público reservado à prática de lazer e convívio social da região. Isso revoltou a população local, que tem impedido o andamento das obras. "A prefeitura não pode tratar a população dessa maneira", disse Iara Cristina, liderança local, segundo a qual, a população não foi consultada sobre a obra. O nome da praça é uma homenagem à líder comunitária, falecida em 2008, e, segundo a própria subprefeitura, está na lista de espera para emplacamento. Em 19/10, o deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), a pedido dos moradores, denunciou o caso no plenário da Assembleia Legislativa e pediu que a obra fosse interrompida em respeito ao desejo da população de "manter a praça viva". lcmarcolino@al.sp.gov.br