Museu da Escultura ao Ar Livre - Lúcio Bittencourt


14/11/2012 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Escultura "O Pássaro"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2012/fg119316.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lúcio Bittencourt<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2012/fg119317.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Carlos Gonçalves, Donizeti de Souza Machado, Emanuel von Lauenstein Massarani,  Álvaro W. Carneiro e Cristiano Cocian  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2012/fg119318.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> .<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2012/fg119319.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Lúcio Bittencourt: quando a sucata de aço cria uma nova concepção da escultura tradicional



Há exatamente cinco anos a AFALESP - Associação dos Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, por ocasião do 60º aniversário de sua fundação doava ao Museu da Escultura ao Ar Livre um exemplar do "Pássaro" especialmente criado pelo consagrado escultor paulista Lúcio Bittencourt.



Ontem, a Diretoria da AFALESP tendo a frente sua Presidente Rita Amadio de Britto A. Ferraro, quis relembrar o fato inaugurando uma placa comemorativa aos pés da escultura nos jardins do Palácio 9 de Julho. A singela cerimônia contou com a presença do autor da obra, do Superintendente do Patrimônio Cultural, Emanuel von Lauenstein Massarani, do designer Cristiano Cocian Chiosea e os conselheiros da entidade Álvaro W. Carneiro, José Carlos Gonçalves e Donizeti de Souza Machado.



Surpresa, ansiedade e vitalidade:

conscientização sócio ambiental



Lúcio Bittencourt confere à sua obra equilíbrio e harmonia, seja nas esculturas menores, seja nas de grande porte, mas dando-lhes, em ambas, uma expressão simbólica. Se de um lado transforma em arte o que o mundo de hoje produz de poluição e de resíduos sólidos, de outro é um grito de alerta para o nosso amanhã.



O mundo criativo desse escultor retorna de maneira diversa à utilização do volume

e da massa, incluindo figuração e ornamento, jogo e sonho, agressão e defesa. Mas o elemento novo em suas esculturas não está na dinâmica ou na modificação das formas, mas na emoção.



Vale relembrar que nas obras de Boccioni, no início do século XX, viu-se pela primeira vez a projeção de formas metálicas brutas, cortantes e agressivas. Hoje essas formas fazem parte do arsenal de alguns artistas brasileiros que como Lúcio Bittencourt utilizam a sucata numa concepção diferente da escultura tradicional.



Do ponto de vista visual, o denominador comum das obras desse artista chama a atenção pela grande diversidade criativa, que incluem, entretanto, uma presença maneirista e barroca.



A sensação espacial que se tem ao observar suas obras está ligada a três reações psicológicas frente o mundo exterior: a surpresa, a ansiedade e a vitalidade. Cada uma destas é uma fonte de intervenções tanto na forma quanto na superfície do material utilizado, constituído na sua maioria de chapas de aço e naturalmente, o aproveitamento de sucata.



Na escultura "O Pássaro", as tensões da obra apelam fortemente ao instinto do artista que cultiva uma atitude de conscientização sócio ambiental.



O Artista



Lucio Bittencourt nasceu em Mogi das Cruzes, em São Paulo, em 1953, Iniciou sua atividade artística ainda criança, trabalhando com raízes e madeiras, antes de descobrir a sucata como matéria prima principal.



Desde 1979 participa de inúmeras mostras individuais e coletivas no Brasil, entre elas: Espaço Cultural do Teatro Paramount; Lúcio Bittencourt 10 anos de escultura, exposição ao ar livre na praça da Caixa Econômica Federal e no vale do Anhangabaú, Individual no Colégio São Luiz, São Paulo; Espaço de Arte São Paulo, Santos; Art Beton, SP (1996, 1997, 1998 e 2000); Clube Paineiras Morumbi, SP (1999, 2001 e 2003); Della Via, Rio de Janeiro; Museu de Jacareí, SP; Capitania das Artes, SP; Bienal do Alto Tietê, Suzano; 45 anos da Inal - Industria de aços laminados, Mogi das Cruzes, SP; "Tradição e Ruptura", Salão da Bienal de São Paulo; Casa da Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS; Instituto da Cultura Hispânica de Brasília; Instituto Nacional de Arquitetura, La Paz, Bolívia; Museu de Arte Brasileira de Campinas; SP; Museu de Arte da Caixa Econômica Federal, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de Goiânia; GO; Museu do Índio de Tupã, SP; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Salão de Arte Contemporânea de Santo André, SP e nos Salões de Artes do Embu, Ilha Bela, Matão, Taubaté, Angra dos Reis; Mairiporã, SP.



Participou de diversas exposições no exterior, com destaque no Padrão dos Descobrimentos, Lisboa; Arte Brasil 93, Coimbra, Primavera em Arte - coletiva na Galeria Capitólio, Porto; Expo Arte Luso-Brasileira, Galeão Galeria de Arte, Paredes, Lisboa Portugal; Despertar da América Morena", Cusco, Peru; Galeria Accroche-Moi e Universidade Lumière Lyon 2, Lyo, França; 3º Salão Internacional da Escultura Contemporânea de Paris; Hipódromo de Longchamp (Bois de Bologne) e no Espace Michel Simon, em Noisy le Grand, na França; Sala Brasil, Embaixada do Brasil, Costa Rica; Galeria Acaray, em Ciudad del Este, Paraguai; Instituto Nacional de Arquitetura, La Paz, Bolívia e World Trade Center Gallery, Amsterdã, Holanda.

Seus monumentos encontram-se em praças públicas no Brasil e exterior, entre eles: Portugal, Paris, Assis, Osasco, Mogi das Cruzes, Suzano,Jacareí, Rio Claro, Araçariguama, Ourinhos, Tatuí, Ribeirão Pires, Mato Grosso e no jardim das esculturas do Parque dos Lagos em Jaguariúna.



De forma e dimensões diferentes seus trabalhos se encontram em museus parques e praças públicas, empresas hotéis, coleções particulares, no Brasil, no exterior e no Museu da Escultura ao Ar Livre nos jardins da Assembléia Legislativa.

alesp