Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

Acervo: Historia dos Municípios Paulista
23/01/2013 17:31 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Os 459 anos da fundação de São Paulo constituem um convite oportuno para redescobrir os pontos históricos e turísticos da capital bandeirante. Para tanto, basta se inspirar na sensação de visitar a cidade como se fosse a primeira vez.



Se o leitor for também um amante das artes, por que não dar uma volta pelos diversos acervos artísticos que a cidade oferece, começando pelo Museu Paulista, no Ipiranga, e continuando pela Pinacoteca na Luz, pelo MASP, na avenida Paulista, pelo MAM do Ibirapuera e pelo MAC da USP, onde poderá encontrar obras-primas que revelam a metrópole de outrora na visão dos artistas que aqui viveram ou passaram.



Associando-nos às comemorações de mais um aniversário da capital paulista, selecionamos diversas obras do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, que enfocam pontos da "Paulicéia Desvairada" de Mario de Andrade, em estilos e técnicas diferenciadas e que poderão ser vistas diariamente, das 09 às 19 horas, no Palácio 9 de Julho, a exceção dos sábados e domingos .



"São Paulo" de Rodrigues Coelho

Sem a suspeita de uma impostação cerebral, que poderia parecer demonstrada pelos modismos na arte, tanto por amor como por escolha, o pintor se dedicou com energia a essa viagem, que não é tão-somente histórico-naturalista, mas profundamente artística.



"São Paulo em dois tempos" de Susana Garcia

O observador atento descobre quanto é forte o sentido da estrutura e do desenho da artista, onde com rara sutileza de sensações óticas ela consegue sobrepor na imagem antiga uma atual realidade, provocando uma sensação de relevo plástico.



"Madrugada em São Paulo" de Nilda Luz

Em sua obra nascem aquelas imagens sugestivas, luminosas e opacas, realizadas com a projeção de feixes de luzes sobre o palco do "espaço-idéia" e onde encontramos uma unidade de ritmos e estruturas que criam uma maravilhosa evidência plástica.



"Palácio 9 de Julho" de Cristiane Carbone

Ricas de sugestões, suas obras apresentam uma Paulicéia sonhada, mágica e livre de todo e qualquer "enfeiamento" tecnológico. A realidade paisagística da artista aparece ligada à veracidade do ambiente, das coisas e das pessoas, num discurso sem equívocos, que não deixa margem a polêmicas ou dissertações.



"Parque do Ibirapuera" de Gil Sabino

Sua habilidade técnica é fora de discussão e, em cada obra aparece, fixado com maestria, um momento da vida urbana valorizando sua natureza e seus detalhes. Cada imagem oferece um canto cromático diferente e perfeitamente adaptado à hora, do dia ou da noite, em que o artista decidiu se fixar frente a uma das tantas e maravilhosas mutações do Criador.



"Metrópole embotelhada" de Tarzio Tomei

Tarzio Tomei usa o construtivismo para refletir em sua obra dinamismo, simultaneidade, função, espaço temporal, campos de força, transparência e modulação espacial. Sua pintura nos transmite a impressão de que corresponde substancialmente a uma intencional cultura da percepção.



"Série Metrópoles 27/55" de Vagner Aniceto

A ânsia criadora desse artista abre uma brecha metafísica sobre o poder de edificação das metrópoles com os milhares de problemas que a vida da cidade de hoje apresenta. Sob os seus tetos existe a tentativa humana de rebelião à prisão do espírito pela matéria.



"A cidade" de Valeria Chalita

A artista descobriu um caminho eficaz para representar, com precisão, o devastador e possivelmente irreversível processo de anulação da identidade humana que substancia, lamentavelmente, a nossa contemporaneidade urbana.



"Parque do Ibirapuera" de Lucia Panicucci

Repletas de uma alta mensagem moral, no entender e exercitar a pintura, suas obras constituem documentos importantes para a iconografia paulistana de hoje e de amanhã. É também um desses testemunhos que representam uma tensão espiritual extremamente rara em nossos dias.



Pátio do Colégio de Henrique Passos

Sua pintura exprime uma natureza clara, firme, participante, extremamente humana de um artista sempre empenhado, mas sem concessões, de afirmar uma visão segura da realidade, uma natureza observada com um agudo gosto pela cor e pela luz.



Palácio das Indústrias de Gregório Gruber

Cronista do nosso tempo, pesquisando a transformação de nossa metrópole, o artista procura registrar as etapas de seu desenvolvimento, mas também de sua decadência. A exemplo do homem urbano, seus quadros refletem a solidão do cotidiano.

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