Museu de Arte - Carnaval


07/02/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Mascarado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121112.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Thiago Martins<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121113.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marinheiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121114.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dennis Esteves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121115.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carnaval boemia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121116.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carina Edenburg<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121117.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A escultora capta em seus bronzes o gesto e a beleza formal<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121118.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carnaval: "Ô Abre Alas porque eu quero passar"



Embora muitos historiadores afirmem que o verdadeiro Carnaval nasceu na Itália com as bacanais, lupercais e saturnais de Roma, as primeiras celebrações carnavalescas foram realizadas em intenção da deusa Ísis, no antigo Egito. Com a evolução da sociedade grega, evoluíram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao deus Dionísio, com as celebrações dionisíacas. A sociedade clássica acrescenta ainda uma função política de distensão social às celebrações, tolerando o espírito satírico e a crítica aos governos e governantes nos festejos.



O Carnaval no Brasil, segundo a pesquisadora Cláudia M. de Assis Rocha Lima, já foi chamado de entrudo, por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão para o Brasil em 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. Atualmente, é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos 40 dias que vão da Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Páscoa.



A primeira música feita exclusivamente para o Carnaval, constituindo-se, portanto, um marco da história cultural brasileira, foi a marcha Ô Abre Alas, da compositora Chiquinha Gonzaga, composta em 1899 e inspirada na cadência rítmica dos ranchos e cordões. Esta marcha animou o Carnaval carioca por três anos consecutivos e é, até hoje, conhecida pelo grande público.



A partir de então, as marchas caíram no gosto popular. De compasso binário, com acento no tempo forte (primeiro tempo), eram inicialmente mais lentas, para que os dançarinos acompanhassem seu ritmo. Com o passar do tempo, tiveram seu andamento acelerado por influência das jazz bands; daí serem conhecidas também como marchinhas.



Associando-nos ao período, reproduzimos as obras do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo que enfocam o tema do Carnaval.

João Cândido da Silva

Ele canta o mundo encantado das cenas e festas populares, do Carnaval, das escolas de samba, revelando sobretudo um Brasil pitoresco e musical.

De excelente imaginação, João Cândido da Silva possui um grande sentido do ritmo e da cor, aliado a um profundo amor pela terra natal. Seus caboclos e suas favelas, enfocados sob o sol dos trópicos, se transformam em uma feérica festa de cores.

São quadros ricos, sonoros e, por incrível que pareça, transbordantes de felicidade, impregnados de bucólica poesia.



Thiago Martins

As esculturas de Thiago Martins constituem fetiches ou símbolos, recolhem na longa história da arte outros tantos signos referenciais, que compõem ou estruturam uma memória de base, dela retirando aleatoriamente partes da matéria e permutando-a com cores que as valorizem.

Embora sem austeridade e frieza, sua arte é interiorizada, medida e calculada. Uma constante e bem presente trama ortogonal sobressai de suas esculturas, numa afirmação voluntária de um gesto constitutivo que nos transporta aos grandes princípios do suporte e da superfície.





Dennis Esteves

Sarcasmo, ritmo e musicalidade estão reunidos na sua criação pictórica. Sua pintura é testemunho quase físico com o qual D. Esteves faz sua reflexão sobre a condição humana e em particular do que ele mais se aproxima: os músicos.





Carina Edenburg

A escultora capta em seus bronzes o gesto e a beleza formal. Seu estilo é audaz, mas essa audácia traduz à perfeição sua fervorosa imaginação. As formas e as linhas são estilizadas. Às vezes, os temas parecem simples, mas sempre de grande beleza e elegância, devido aos detalhes harmoniosos e aos efeitos particulares que caracterizam sua obra. A dinâmica de articulação de suas formas construídas gera os significados e os valores de uma imagem de extraordinária leveza.



Evelina Villaça

A criatividade de Evelina Villaça, evidenciada na obra doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, é como a frase de uma melodia que, organizada em orquestração elementar, forma a concatenação de diversas relações musicais, cujo resultado sonoro é regulado pela vontade de dar uma precisa função à sucessão das notas. Num mundo lúcido e exato ela constrói e distribui, através de seus "Translúcidos", os ritmos catalisadores da ação do conhecimento que dissolve os personagens de suas composições no âmbito de uma visualidade transformada e em movimento.

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